Publicado em 29/10/2025, às 18h22
São Paulo, 29/10/2025 - Uma pesquisa conduzida pela Opinion Box, com análise da data8, apontou que 26% dos brasileiros com mais de 60 anos já utilizaram aplicativos de relacionamento. Os dados foram apresentados durante o Fórum Longevidade, realizado nesta quarta-feira, 29.
O levantamento foi realizado com 1.114 pessoas, entre abril e maio deste ano. Os participantes citaram mais de 100 aplicativos e plataformas. Entre os usuários ativos nesses espaços digitais, 37% avaliaram a experiência como positiva, enquanto 42% a consideraram neutra.
Leia também: É rolo ou união estável? Contratos de namoro são opção para proteger bens
“Hoje, as pessoas maduras reconhecem as plataformas e aplicativos de relacionamento como o início de novas experiências. Assim como querem conciliar a busca por companheirismo com a liberdade que adquiriram ao longo dos anos”, ressaltou Adriana Queiroz, sócia e diretora de inovação e insights da data8, durante o evento.
Do total de entrevistados, 7% afirmaram ter iniciado um relacionamento pela internet. Desses, o primeiro contato é feito principalmente pelas redes sociais e, em sequência, pelos aplicativos.
Contudo, os laços costumam se consolidar apenas quando passam para o convívio presencial. Assim, bailes, grupos culturais e encontros comunitários ainda são espaços importantes para fortalecer vínculos iniciados virtualmente.
Além da busca por companheirismo, a pesquisa também apontou outras razões pelas quais pessoas 60+ procuram relacionamentos online:
Entre os 100 aplicativos e plataformas citados pelos participantes, três se destacaram como os mais populares:
Contudo, o aplicativo Par Perfeito descontinuou suas operações no Brasil no ano passado.
Leia também: Envelhecimento LGBTQIA+ é mais difícil e faltam dados sobre essa população
Apesar de estarem mais abertos aos relacionamentos digitais, a confiança ainda é uma barreira para que mais pessoas com 60 anos ou mais mantenham o uso — ou até mesmo tenham o primeiro contato — com os aplicativos de namoro.
Mais da metade dos participantes (62%) afirmaram que é mais difícil confiar em alguém conhecido pela internet. Outros 60% acreditam que as relações online, por si só, são perigosas.
“Pessoas com mais de 60 anos ainda valorizam o contato presencial, as ligações e a convivência direta. Por isso, confiar em alguém que conheceram pela internet ainda é considerado arriscado pela maioria”, explica Adriana.
Outros receios também foram mencionados, relacionados a riscos comuns nas interações online, além dos relacionamentos: mais da metade dos entrevistados disseram ter medo de fraudes, enquanto 48% demonstraram preocupação com a exposição de dados pessoais.
A pesquisa ainda aponta que recursos como verificação de perfil, canais de denúncia e a opção de bloquear usuários tendem a aumentar a adesão e a sensação de segurança entre as pessoas com mais de 60 anos.
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.
Gostou? Compartilhe
Crise da segurança