Dia Internacional do Beijo: veja cuidados e curiosidades sobre ato milenar

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Mais do que um gesto romântico, o beijo tem história e benefícios para a saúde - Foto: Envato Elements
Mais do que um gesto romântico, o beijo tem história e benefícios para a saúde

Por Beatriz Duranzi

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Publicado em 06/07/2025, às 11h33

São Paulo, 06/07/2025 - Neste domingo, é comemorado o Dia Internacional do Beijo, uma data que transcende fronteiras e culturas para celebrar um dos gestos mais antigos e universais da humanidade. Muito mais do que um ato romântico, o beijo também carrega simbolismos afetivos, sociais e até terapêuticos. Abaixo, confira a origem da data, curiosidades inusitadas, os impactos do beijo na saúde e como é possível celebrar de forma consciente e afetuosa.

A origem

A celebração do Dia Internacional do Beijo teve início no Reino Unido, em meados dos anos 2000, como uma forma de lembrar a importância dos pequenos gestos de carinho que muitas vezes passam despercebidos no cotidiano. O dia 6 de julho foi escolhido como marco simbólico para exaltar o beijo em todas as suas formas, seja ele entre casais, amigos, familiares ou até mesmo de saudação.

Apesar disso, em países como o Brasil, também é comum celebrar a data em 13 de abril, quando se comemora o chamado Dia do Beijo. A versão brasileira tem uma origem mais folclórica: uma lenda italiana do século XIX conta que um jovem chamado Enrico Porchelo teria beijado todas as mulheres de uma vila. Um padre, então, teria prometido um prêmio à primeira mulher que não tivesse sido beijada por ele, mas nenhuma apareceu, revelando o alcance do gesto de Enrico. A história, embora lendária, ajudou a popularizar a data no país.

Beijos ao longo da história

O beijo é um hábito ancestral. Registros históricos apontam que já era praticado por povos antigos, como os sumérios, indianos e romanos. Na Roma Antiga, havia até classificação para os diferentes tipos de beijo: o “osculum” era dado entre amigos, o “basium” entre familiares, e o “savium” era reservado ao amor romântico. Na Índia, os Vedas já mencionavam o ato de unir os lábios como um gesto espiritual e afetivo.

Com o tempo, o beijo passou a ter outros significados, desde selar acordos políticos e religiosos até representar cumplicidade amorosa. Em tempos modernos, tornou-se parte essencial de relacionamentos interpessoais, sendo retratado em obras de arte, filmes e literatura.

Curiosidades sobre o beijo

Além de romântico, o beijo também é científico. Estudos divulgados pela Secretária de Estado de Sergipe, mostram que o ato de beijar movimenta até 29 músculos do corpo, sendo 17 apenas da língua. Beijos apaixonados podem queimar de 2 a 6 calorias por minuto, dependendo da intensidade. E tem mais: durante um único beijo, podem ser trocadas mais de 80 milhões de bactérias, o que, longe de parecer um problema, pode fortalecer o sistema imunológico, desde que a saúde bucal esteja em dia.

O recorde de beijo mais longo do mundo pertence a um casal tailandês, que manteve os lábios colados por impressionantes 58 horas, 35 minutos e 58 segundos durante um concurso no Dia dos Namorados. Já nos Estados Unidos, o americano Alfred E. Wol entrou para a história ao beijar 8.001 pessoas em apenas oito horas, durante uma ação promocional.

Os benefícios do beijo para o corpo e a mente

Segundo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), beijar não é apenas um gesto de carinho: é também uma atividade benéfica à saúde física e emocional. O beijo libera substâncias químicas como a ocitocina, conhecida como o “hormônio do amor”, além de dopamina e serotonina, que contribuem para o bem-estar, alívio do estresse e sensação de felicidade. Ele também diminui os níveis de cortisol, reduzindo a ansiedade, e pode até melhorar a autoestima e o vínculo entre casais.

Estudos apontam que pessoas que beijam com frequência tendem a ter relações mais estáveis, menor índice de depressão e até menos problemas cardiovasculares. Isso porque o beijo ativa o sistema nervoso parassimpático, responsável pela sensação de relaxamento.

Cuidados ao beijar

Por mais afetuoso que seja, o beijo também requer atenção. Ele pode ser uma via de transmissão de doenças como herpes labial (HSV-1), mononucleose, gripes, resfriados e até infecções mais graves, caso haja contato com feridas abertas ou saliva contaminada. Por isso, é fundamental manter uma boa higiene bucal, evitar beijos em períodos de infecção ou sintomas gripais, e ter atenção especial durante surtos virais.

Especialistas em infectologia recomendam também evitar beijos em recém-nascidos e bebês, pois seu sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, tornando-os mais suscetíveis a contaminações.

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