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Publicado em 05/11/2025, às 08h35 - Atualizado às 08h40
São Paulo, 05/11/2025 - Fundada há 60 anos por Rodolpho Jordano, a Musa Cosméticos teve sua trajetória transformada pela força da liderança feminina, iniciada com sua esposa e sócia, Nair Dias Jordano, e consolidada com a atuação da filha, Marcia Jordano, CEO, que hoje comanda a empresa ao lado da filha, Valentina Jordano, diretora de marketing, na terceira geração da família.
A empresa nasceu em uma casa alugada em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro, produzindo itens farmacêuticos básicos como água boricada e iodo — produtos com fórmulas já consolidadas na farmacopeia e que não exigiam estudos complexos. O espírito empreendedor do fundador e a visão de mercado fizeram o negócio prosperar, até que, impulsionada pela demanda em salões de beleza, a marca passou a investir em cosméticos.
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Logo, a Acetona Musa, o carro chefe da marca, conquistou manicures e profissionais da área, tornando-se um dos produtos mais reconhecidos do segmento. “Foi um movimento natural. A procura pelos cosméticos cresceu muito, e vimos a oportunidade de atender a esse público com qualidade e preço justo”, revelou Márcia.
Após 42 anos de operação, Rodolpho comprou um terreno na Curicica, bairro da zona oeste carioca, onde a empresa mantém sua sede até hoje. O negócio cresceu com base em inovação e na escuta do consumidor, adaptando-se às transformações do setor.
Há cerca de 15 anos, uma mudança nas normas da Anvisa forçou a paralisação da produção de farmacêuticos — que representavam metade do faturamento da Musa. A situação desafiadora levou a empresa a se reinventar.
O foco passou a ser a linha de cosméticos, com destaque para produtos voltados para pés e mãos, áreas que já tinham forte identificação com o público da marca. A decisão de não retomar os medicamentos veio depois: “O custo regulatório é alto, e o mercado não valorizava mais esses produtos da mesma forma”, explicou Márcia.
Hoje, a Musa vive uma nova fase, marcada pela expansão para categorias como banho e skincare. A nova linha de banho, “Seja Musa”, propõe transformar o banho em um momento de relaxamento e bem-estar. Já a linha de cuidados faciais começa com produtos de limpeza, voltados para quem busca rotinas simples e eficazes.
"O objetivo é oferecer produtos de autocuidado acessível, especialmente para as mulheres das classes C e D. Queremos que a mulher brasileira tenha acesso a qualidade, mesmo com orçamento limitado. O cuidado pessoal é um direito, não um luxo”, afirma Valentina.
A empresa também está reposicionando sua marca, após 60 anos de história. O projeto inclui redesign de embalagens, nova identidade visual, linguagem mais clara e próxima das consumidoras, campanha e ativações de marca. A empresa não revelou o investimento feito no projeto de rebranding nem outros dados financeiros. Apenas que pretende continuar crescendo entre 8 e 10% este ano.
A marca também investe em educação e formação profissional. Por meio de cursos gratuitos, como o “Modelo de Negócio para os Pés”, a empresa capacita manicures a utilizar e comercializar seus produtos, gerando renda e fortalecendo o vínculo com a marca. “Essas profissionais são as nossas verdadeiras embaixadoras”, diz Valentina.
Atualmente, a Musa está presente nos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Alagoas, Pará e na região Centro-Oeste. A meta agora é ampliar a distribuição para São Paulo e o Sul do país.
Entre os produtos mais vendidos estão a tradicional acetona, os óleos corporais e o kit “SPA dos pés”, que se tornou um sucesso entre manicures, porque ele rende cerca de 50 aplicações e as manicures usam para agregar valor aos seus serviços.
A empresa possui 73 produtos veganos no portfólio e está reformulando outros 10 itens. A meta é ser 100% vegana até o final de 2026.
Durante a conversa, Márcia e Valentina refletiram sobre o papel das mulheres no comando da empresa.
Márcia contou que, por ter sido criada em um ambiente sem machismo, nunca sentiu barreiras em espaços tradicionalmente masculinos — e até usa isso a seu favor em negociações.
Já Valentina revelou ter enfrentado o desafio de se afirmar como líder jovem e filha da proprietária: “Tive que conquistar meu espaço pelo trabalho. Hoje me orgulho da confiança que o time tem em mim e da área de marketing que construí.”
Marcia falou ainda sobre o desejo de não transmitir à filha o peso das dificuldades que viveu no passado. “Quero que ela veja a empresa com orgulho, não como um fardo”, disse.
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