São Paulo, 31/07/2025 - A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou em 50,2% e superou a desaprovação (49,7%) pela primeira vez em 2025, aponta pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira, 31. De acordo com o levantamento, 0,2% não soube responder. No levantamento divulgado em 13 de julho, 49,7% aprovavam Lula e 50,3% desaprovavam.
A aprovação de Lula sobe desde maio, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou com as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
O presidente brasileiro tem a maior aprovação, no recorte de renda familiar, entre os que ganham acima de R$ 10 mil - 60,2%. A maior desaprovação é entre os que ganham entre R$ 2 mil e R$ 3 mil - 56,4%.
Por gênero, Lula é mais aprovado pelas mulheres (56,8%) do que pelos homens (43,4%).
Na abordagem por região, o Nordeste é onde o presidente tem sua maior aprovação: 66,1%. Nas demais regiões, os índices de aprovação de Lula são: 29,7% (Norte), 50,9% (Sudeste), 32,3% (Centro-Oeste) e 40,8% (Sul).
Já sua maior desaprovação está na Região Norte, com 70,3%. A segunda região com maior desaprovação é o Centro-Oeste, com 67,6%. No Sul, 58,7% desaprovam Lula, enquanto que no Sudeste o índice é de 48,9% e no Nordeste, de 33,9%.
Acertos x erros
A gratuidade em remédios e itens do Farmácia Popular é o maior acerto do governo Lula, segundo a pesquisa, atingindo 83%. Já a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem tem renda mensal até R$ 5 mil é considerada o maior acerto por 81%.
A retira dos garimpeiros das reservas indígenas e ambientais é apontada por 74%. A proposta de um acordo de livre-comércio do Mercosul com a União Europeia (UE) é considerada acerto por 70%.
Do lado negativo, a corrupção é considerado o principal problema do Brasil na opinião de 54,9% dos que responderam à pesquisa. Em segundo, vêm a criminalidade e o tráfico de drogas, com 41,8%. Depois, estão o extremismo e a polarização política, com 22,2%, mesmo índice do enfraquecimento da democracia. A economia e a inflação são consideradas os maiores problemas por 21%.
A pesquisa faz parte do relatório Latam Pulse, que fornece dados mensais sobre a situação política, social e econômica do País. O levantamento foi realizado com 7.334 respondentes em recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de 1 ponto porcentual e o nível de confiança, de 95%. O período de coleta foi de 25 a 28 de julho.
Disputa eleitoral 2026
Lula aparece com 47,8% das intenções de voto contra 44,2% do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível. O levantamento indica um crescimento 3,2 pontos porcentuais de Lula e uma queda de 2,2 pontos porcentuais de Bolsonaro, ante a última sondagem. Segundo a Atlas/Bloomberg, é a primeira vez, desde janeiro, que Lula aparece à frente de Bolsonaro neste cenário, que reproduz a disputa de 2022.
Em terceiro, aparece o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem 3,2%. Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), figura com 1,4%. Votos em branco e nulos somam 1,7%.
Quando o nome de Bolsonaro é substituído por quatro presidenciáveis do campo da direita, Lula fica com 48,5%. Ante a última pesquisa, de junho, Lula subiu 3,9 pontos porcentuais.
Neste cenário, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem 33%, ante 34% do último levantamento. Em seguida, mas distantes, aparecem os governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 3,6%, de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 3,6%, e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 3%. Depois, vem Ciro, com 2,9%. Pablo Marçal, que foi julgado inelegível, aparece com 2,2%. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), tem 0,4%, Não sabem, votos em branco ou nulos somam 2,8%.
A AtlasIntel/Bloomberg também pesquisou um cenário com a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL), mas sem Jair Bolsonaro e Tarcísio. Neste recorte, Lula tem 48,5%, enquanto Michele aparece com 29,7%. Zema aparece com 6,6%, Caiado com 4,6%, Ratinho Júnior com 4,2%, Ciro com 2,8%, Marçal com 1,7% e Leite com 0,6%. Não sabem, votos em branco ou nulos são 1,6%.
Com Fernando Haddad (PT) no lugar de Lula, o ministro da Fazenda fica com 34,2%. Neste recorte, Tarcísio tem 33,8%, Ciro 8,5%, Zema 4%, Leite 3%, Ratinho 2,9%, Caiado 2,8% e Marçal 1,7%. Não sabem, votos em branco e nulos somam 9%.
Segundo turno
Em cenários de segundo turno, nos números apurados pela pesquisa, Lula venceria todos os adversários:
- Lula (50,4%) x Tarcísio (46,6%)
- Lula (50,6%) x Michele (45,9%)
- Lula (50,1%) x Jair Bolsonaro (46,3%)
- Lula (50,7%) x Zema (40,6%)
- Lula (50,3%) x Caiado (39,7%)
- Lula (50,5%) x Ratinho Júnior (39,7%)
- Lula (49,6%) x Leite (25,7%)
De toda forma, 49% dos que a responderam consideram ruim a situação econômica do País no atual momento, contra 35% que dizem que é boa e 16%, que é normal. Já 49% têm a expectativa de que a situação econômica vai piorar, contra 41% que dizem que vai melhorar e 10%, que ficará igual.
A situação do emprego hoje é vista como ruim por 44%, enquanto 37% consideram boa e 20% normal. Já a situação da família é considerada por 35% como ruim, por 36% como boa e por 29%, normal.
Em relação às expectativas quanto à situação do emprego, 45% dizem que vai piorar, 40%, que vai melhorar, e 22%, que ficará igual. Sobre a situação da família, os índices de expectativa são: 35% (vai piorar), 42% (vai melhorar) e 22% (vai ficar igual)
Redução na avaliação negativa
A pesquisa mostra que 48,2% consideram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ruim/péssimo, enquanto 46,6% afirmam que é ótimo/bom. Os que consideram regular são 5,1%. Ante o levantamento divulgado em 13 de julho, a avaliação ruim/péssima caiu 1,2 ponto porcentual. Já a "ótimo/bom" subiu 3,2.
De acordo com a Atlas/Bloomberg, observa-se "uma tendência de convergência entre essas categorias e de redução nas avaliações negativas desde maio".
Por recorte, o governo Lula tem o maior índice ruim/péssimo entre os homens (55,2%), os que têm renda familiar entre R$ 3 mil e R$ 5 mil (55,8%) e a Região Norte (70,2%).
Já a avaliação ótima/boa é maior entre as mulheres (52,7%), os que têm renda acima de R$ 10 mil (56,7%) e a Região Nordeste (62,4%).
A imagem positiva de Lula subiu para 51% e ultrapassou a negativa (48%), segundo a pesquisa. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem 48% de imagem positiva e 51% de negativa. Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, tem 47% de imagem positiva e o mesmo índice de negativa. O ex-presidente Jair Bolsonaro possui 44% de imagem positiva e 55% de negativa. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está com 47% de imagem positiva e 46% de negativa, conforme o levantamento.
A pesquisa faz parte do relatório Latam Pulse, que fornece dados mensais sobre a situação política, social e econômica do País. O levantamento foi realizado com 7.334 respondentes em recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de 1 ponto porcentual e o nível de confiança, de 95%. O período de coleta foi de 25 a 28 de julho.