São Paulo, 17/07/2025 - Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 17, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou melhora nas intenções de voto para as eleições de 2026 e venceria todos os potenciais adversários no primeiro e no segundo turnos.
Levantamento do mesmo instituto divulgado na quarta-feira, 16, aponta que a reação do governo federal ao anúncio do 'tarifaço' de 50% sobre produtos brasileiros feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
beneficiou o petista.
Oponentes
Na disputa de segundo turno contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - declarado inelegível por oito anos desde 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) -, Lula aparece com 43% (ante 41% de maio, variando dentro da margem de erro) contra 37% do capitão reformado (por sua vez, recuando dos 41% da pesquisa anterior quando empatava com o atual presidente). As intenções de votos brancos e nulos somam 16%.
Já no cenário em que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o candidato da direita, o petista manteve-se com os 41% registrados em maio, ao passo que o republicano caiu de 40% para 37%. É o único caso em que há empate técnico, no limite da margem de erro. Tarcísio vem sofrendo desgaste político por causa de seus posicionamentos diante do tarifaço de Trump.
Contra Michelle Bolsonaro (PL), Lula continua com 43% ante 36% da ex-primeira-dama, que também recuou três pontos porcentuais. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é outro nome que perderia para o atual chefe do Executivo, anotando 33% das intenções de voto contra 43% do petista.
O presidente também se reelegeria se os adversários fossem o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), por 41% a 36%; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), com resultado de 41% sobre 36%; o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), aparecendo com 42% ante 33%; e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), também com 42% a 33%.
Além disso, foram testados quatro cenários de primeiro turno em que os candidatos de direita se alternavam no enfrentamento contra o petista. Lula aparece com 32% quando o candidato é o ex-presidente Bolsonaro, que anotaria 26%. Nesse caso, aparecem na sequência Ciro Gomes (PDT) com seus 8%, Ratinho Jr.(6%), Caiado (3%) e Zema (2%).
Quando o adversário é Tarcísio, Lula tem 32% contra 15% do governador. Ciro aparece com 12%, Caiado tem 5% e Zema, 4%. Quando a candidata da direita é Michelle, Lula anota 30% ante 19% da ex-primeira-dama, 10% de Ciro, 7% de Ratinho, 5% de Caiado e 4% de Zema. Já Eduardo Bolsonaro registraria 15% contra 31% do petista. Atrás deles, estão Ciro (11%), Ratinho (7%), Caiado (5%) e Zema (5%).
Na pesquisa de voto espontânea, Lula é mencionado por 15% dos entrevistados. Já Bolsonaro recebeu 11% das menções. Tarcísio, Michelle e Ciro pontuaram 1% cada.
Reeleição
A pesquisa aponta que a quantidade de brasileiros que pensa que o presidente Lula não deveria concorrer ao quarto mandato recuou dos 66% registrados em maio para os atuais 58%. Os que dizem acreditar que o petista deveria, sim, disputar a reeleição em 2026 subiu de 32% para 38%.
Segundo o instituto, o confronto com Trump por causa do tarifaço fez com que o petista recuperasse terreno fora das bases de apoio tradicionais. Lula melhorou a aprovação e, consequentemente, suas intenções de voto.
O levantamento também questionou os entrevistados se o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria desistir da candidatura à Presidência da República ou insistir mesmo sendo declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para 62% (antes 65%), o capitão reformado deveria apoiar outro nome e não concorrer, enquanto 28% (eram 26%) afirmam que ele deve, sim, se manter na disputa.
Também foi perguntado aos respondentes se eles têm mais medo de Bolsonaro voltar ao cargo de presidente ou de Lula continuar à frente do Executivo: 44% dizem temer mais o retorno do ex-presidente e 41% rechaçam a continuidade do petista. Outros 7% afirmam terem medo das duas possibilidades e 3%, de nenhuma. Já 5% não souberam ou não responderam a questão.
O levantamento ouviu 2.004 pessoas de 120 municípios com 16 anos ou mais entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro do instituto é de dois pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%.
Pesquisa 
