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Chocolate pesa e impede economia com a cesta de Páscoa

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Se não fosse a alta do chocolate, o índice Cesta Páscoa cairia mais em relação a 2024 - Foto: Envato Elements
Se não fosse a alta do chocolate, o índice Cesta Páscoa cairia mais em relação a 2024
Por Alessandra Taraborelli [email protected]

Publicado em 14/04/2025, às 15h21

Em um ano, o chocolate em barra e os bombos registraram alta de 18,5%, enquanto o chocolate em pó subiu 15,7%. Por isso, o chocolate foi um dos vilões da Cesta Páscoa, que mesmo assim ficou estável ante o ano anterior, contando com a queda no preço de outros produtos que compõem o cardápio da festividade - esse índice apresentou leve queda de 0,43% nos últimos 12 meses, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em levantamento sobre dados do IBGE.

O aumento dos chocolates foi causado, entre outros fatores, pela da quebra na safra dos grandes players produtores de cacau no mercado internacional, como é o caso de Gana, na África. Vale ressaltar que esse tipo de alimento tem repercussão menor no orçamento das famílias, com o seu peso sendo relativizado com as retrações de outros — sem que, por outro lado, essa alta deixe de ser notada.

A retração nos preços médios da cesta como um todo se explica, sobretudo, pelo preço do arroz, que recuou 4,13% nos últimos 12 meses. 

Alguns itens que também registraram queda foram: pescado (-0,29%), batata-inglesa (-40,51%), cebola (-37,62%) e tomate (-7,66%). Já as altas foram verificadas na azeitona (+13,28%), e ovo de galinha (+13,23%). Todos esses alimentos são mais consumidos nesta época do ano. Outro vilão, foi o alho, que registrou variação positiva de 26,37%.  

Ainda de acordo com projeções da FecomercioSP, os supermercados devem faturar 5% a mais no mês de abril, em São Paulo, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Além da Páscoa, o mercado de trabalho aquecido, o crescimento de renda e a disponibilidade de crédito contribuem para esse resultado.

Segundo a FecomercioSP, para os empresários mais ligados à venda de ovos de Páscoa, o custo da matéria-prima certamente afetará a rentabilidade. Empresas com tradição devem passar o custo para o consumidor, mas aqueles que estão iniciando devem ter mais dificuldade, se não conseguirem praticar os preços mais altos.

Quando considerada a região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Os valores do chocolate em barra e dos bombons aumentaram 17,91%, enquanto o chocolate e o achocolatado em pó apontaram alta de 16,74%. Já Cesta de Páscoa registrou aumento médio de 2,19%, ante alta de 17,75% no período anterior. 

A Federação indica que o consumidor pesquise, compare os preços dos estabelecimentos e aproveite os descontos para pagamento por PIX e os dias de promoções, com o objetivo de reduzir o custo total dos produtos para a Páscoa.

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