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Em cerimônia do projeto do IR, Lula defende maior consumo e fim da escala 6x1

Ricardo Stuckert / PR

Lula disse que é preciso repensar a jornada de trabalho 6 por 1 e a tributação sobre participação de lucros e resultados - Ricardo Stuckert / PR
Lula disse que é preciso repensar a jornada de trabalho 6 por 1 e a tributação sobre participação de lucros e resultados

Por Mateus Maia e Gabriel Hirabahasi, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 26/11/2025, às 14h06 - Atualizado às 14h22
Brasília, 26/11/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta quarta-feira, 26, em cerimônia no Palácio do Planalto, a lei que isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais. 
Em seu discurso, o presidente afirmou que combater a desigualdade é retomar a capacidade de se indignar com as coisas ao redor e defendeu a igualdade de oportunidades.
Lula declarou não querer retirar o filho da classe média da universidade para colocar os negros, mas, sim, permitir oportunidade para essa população excluída. Segundo ele, os mais pobres são invisíveis porque a elite os torna assim mas será o consumo da população que fará a economia crescer.
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"Mesmo que você seja eleito para governar para todos, você tem que escolher quem é que precisa do Estado", declarou. "Se o pobre consumir mais, o rico vai ficar mais rico. Ele vai vender mais carne, mais roupa, mais carro", completou.
O presidente afirmou ainda é preciso repensar a jornada de trabalho 6 por 1 e também a tributação sobre participação de lucros e resultados. Ele afirmou, entretanto, que quando se está no governo é preciso fazer concessões. "A gente não pode continuar com a mesma jornada de trabalho de 1943. Isso não é possível, os métodos são outros, a inteligência foi aprimorada", afirmou.
Sobre a finalização do processo por golpe de estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e generais, o chefe do executivo afirmou que o Brasil deu uma lição de democracia no mundo. 
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“País deu uma lição de democracia ao mundo ontem, sem nenhum alarde a justiça brasileira mostrou sua força, não se amedrontou com as ameaças de fora, fez um julgamento primoroso, com acusações de dentro da quadrilha”, disse.
Lula disse estar feliz pela demonstração de maturidade do País, mas não pela prisão de ninguém.
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Projeto foi sancionado na íntegra, sem vetos

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, destacou que a lei de isenção do IR foi sancionada sem vetos, seguindo a íntegra do texto aprovado pelo Congresso. Ele reforçou a importância da lei e lembrou que milhões de aposentados que ganham até R$ 5 mil serão beneficiados também por consequência.

Durigan agradeceu aos relatores da proposta no Legislativo, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

"Sempre importante ressaltar a importância do Congresso, vivemos dificuldades de lá e de cá, mas é importante estarmos acima disso", afirmou.

Questionado sobre a tensão no relacionamento entre o governo e o Congresso, Durigan disse que "a questão política tem que ser resolvida com diálogo". Ele citou que tem mantido conversas com parlamentares, inclusive da oposição, para discutir diversos assuntos, como vetos presidenciais que serão analisados nesta semana.

"O ministro Fernando Haddad tem instruído para seguir com relação com o Congresso. Não dá para colocarmos tudo a perder", declarou.

Durigan disse que o governo não conta com "problemas com pautas-bomba", mas que, se for preciso, recorrerá à Justiça para evitar esse tipo de mudança legislativa. Uma dessas pautas-bomba é o projeto aprovado no Senado na terça-feira, 25, a aposentadoria de agentes de saúde.

"Não vamos ter problemas com pautas-bomba, não deveríamos ter. Vamos procurar as vias judiciais se necessário, mas espero que não seja necessário", declarou.

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