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Fraude no INSS demonstra que PF atua com independência, diz diretor

Andressa Anholete/Agência Senado

Rodrigues ainda destacou que a fraude no INSS é “histórica” e defendeu que sua gestão teve “coragem” de avançar e identificar que havia uma fraude que não era isolada - Andressa Anholete/Agência Senado
Rodrigues ainda destacou que a fraude no INSS é “histórica” e defendeu que sua gestão teve “coragem” de avançar e identificar que havia uma fraude que não era isolada

Por Flávia Said, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 24/11/2025, às 09h38
Brasília, 24/11/2025 - O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que a investigação sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi “mais uma demonstração” de que a instituição atua no segmento em que tem que atuar, “seja num órgão público, seja em entidades associativas, seja em pessoas que participaram de um governo atual, de um governo anterior”. 
Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, exibida no domingo, 23, ele sustentou que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oferecem à PF “independência para investigar”
“A Polícia Federal atua com a independência, e isso é importante também - quero registrar -, com a independência que o Ministério da Justiça, o ministro Ricardo Lewandowski, nos oferece e que o presidente da República, o presidente Lula, também nos permite”, afirmou o diretor-geral da PF.
“Nós atuamos com a seriedade que precisamos atuar, com responsabilidade, mas sem olhar ou nos preocuparmos com o campo político ou estatura social ou econômica daqueles que nós estamos investigando”, prosseguiu.
Leia também: STF decide contra "revisão da vida toda" em aposentadorias do INSS
Rodrigues ainda destacou que a fraude no INSS é “histórica” e defendeu que sua gestão teve “coragem” de avançar e identificar que havia uma fraude que não era isolada e fazer o enfrentamento. “E os resultados estão aí, uma economia de alguns bilhões de reais aos cofres públicos”.
O diretor-geral da PF disse ser “raro” o recebimento de comunicações sobre operações. “Eu, de fato, não recebo pessoas criticando operações. A gente acompanha mais pela imprensa algumas pessoas reclamando”, disse.

Antierrorismo não deve ser confundido 

Sobre o projeto antifacção, Rodrigues, afirmou que a posição da instituição é de que não se deve “confundir” institutos diferentes - terrorismo e crime organizado. Ele destacou que o enfrentamento ao terrorismo é “atribuição exclusiva da Polícia Federal”.
“Uma vez sendo tratada no campo correto, que é no campo da legislação, que trata de terrorismo e que não se confunda terrorismo com crime organizado, [a proposta] terá o apoio da Polícia Federal, terá as nossas contribuições”, disse Andrei.
Ele completou: “O que nós não podemos é confundir uma coisa com a outra, são fins diferentes, são propósitos diferentes, são mecanismos de articulação e de enfrentamento diferentes e uma eventual mistura do crime organizado, mistura legislativa, eu digo, de crime organizado com terrorismo só traria prejuízos para a investigação”.

Operação no Rio de Janeiro

Questionado sobre a Megaoperação Contenção, realizada em outubro nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, Andrei sustentou que é preciso identificar lideranças e tocar ações que tenham efetividade e não se traduzam apenas em “enxugar gelo”. “Diante desse tamanho desafio que é enfrentar um crime organizado que avança, é preciso ter coordenação, articulação, comunicação entre as forças de segurança”, disse.
Andrei Rodrigues sustentou que a atividade de inteligência e de investigação não é contraditória “a uma eventual ação que exija mais energia, retomada de território e ações mais contundentes”, em referência indireta à operação de outubro no Rio de Janeiro.

PEC da Segurança Pública

O diretor-geral afirmou que a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública traz “mecanismos essenciais para a ampliação e a coordenação do enfrentamento ao crime organizado sem retirar competências e atribuições dos Estados”. 
Rodrigues disse que o objetivo dele e do ministro da Justiça e Segurança, Ricardo Lewandowski, com a proposta é ampliar as capacidades de atuação das forças estaduais, para que esteja constitucionalmente prevista a coordenação e articulação entre os entes da Federação, “porque é sabido por todos que o crime não é mais local, não é mais regional. O crime é transnacional”.

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