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Presidente da Câmara diz que pejotização traz ganhos, mas fragiliza empregos

Marina Ramos / Câmara dos Deputados

Hugo Motta comparou benefícios e dificuldades trazidos pela pejotização - Marina Ramos / Câmara dos Deputados
Hugo Motta comparou benefícios e dificuldades trazidos pela pejotização

Por Victor Ohana, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 28/10/2025, às 14h50
Brasília, 28/10/2025 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a pejotização “tem efeitos contraditórios” porque flexibiliza custos, ao mesmo tempo em que “pode fragilizar o emprego” e corroer a base de financiamento da Previdência Social.
 As declarações ocorreram nesta terça-feira, 28, durante sessão de abertura de um seminário do Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara, intitulado “Pejotização no Brasil: Desafios jurídicos e econômicos”.
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Estavam presentes na mesa de abertura o ministro Augusto César Carvalho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), presidente do Cedes.
“É fundamental reconhecer os ganhos alcançados com a pejotização, mas, ao mesmo tempo, também atentar para determinadas questões jurídicas e econômicas que são reflexo dessa busca por eficiência, no contexto de transformações sociais e tecnológicas que ocorrem com grande rapidez”, declarou Motta.
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 Na sequência, o presidente da Câmara fez uma comparação entre os benefícios e as dificuldades provocadas pela pejotização. “Sob o prisma econômico, a pejotização tem efeitos contraditórios. De um lado, as empresas flexibilizam custos, enquanto trabalhadores se adaptam aos novos tempos”, disse. “De outro, cria-se uma dinâmica que pode distorcer a concorrência, gerar perdas fiscais e fragilizar o emprego.”
Ele continuou: “Por exemplo, ao deslocar trabalhadores do regime da CLT para vínculos autônomos, a pejotização corrói a base de financiamento da Previdência Social. Estima-se que, de 2017 a 2023, que a perda da arrecadação tenha alcançado R$ 89 bilhões.”
Na ocasião, o presidente da Câmara defendeu um equilíbrio entre a flexibilização de custos e a proteção social e mencionou o projeto de lei 108/2021, que aumenta o limite de faturamento de microempreendedores individuais (MEIs) para R$ 130 mil anuais. Atualmente, esse valor é de R$ 81 mil. “Está pronto para ser votado em plenário”, disse.

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