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Isenção de IR até R$ 5 mil é oportunidade para reforma da renda, diz Motta

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Ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil não compromete contas públicas, segundo ministro da Fazenda - Envato
Ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil não compromete contas públicas, segundo ministro da Fazenda

Por Victor Ohana e Geovani Bucci, do Broadcast

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Publicado em 07/04/2025, às 13h24

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a tramitação do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem tem renda mensal de até R$ 5 mil pode ser uma "oportunidade" para discutir a redução da tributação sobre a renda de pessoas jurídicas. As declarações ocorreram na manhã desta segunda-feira, 7, durante evento sobre o atual cenário político brasileiro, realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

"Eu penso que esses dois pontos de discussão, sobre a revisão de incentivos e esse projeto que chega à Câmara, da isenção até os R$ 5 mil, que traz ali uma bandeira do governo, que eu penso que é justa do ponto de vista social, mas penso também que pode ser uma grande oportunidade para se discutir a reforma da renda; poder discutir, além daquilo que foi proposto, uma redução, quem sabe, no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, para que se estimule um pouco mais as empresas a investirem", afirmou.

"Poder, de certa forma, ver essa oportunidade de dar essa isenção, mas também corrigir essas coisas que o Brasil precisa", continuou. "E eu penso que é uma oportunidade de se avançar. E como temos até dezembro para discutir, nós vamos ter tempo. Propostas estão chegando, escolhemos o deputado Arthur Lira, que é um deputado tarimbado, experiente para relatar a matéria, vai ter condições de implementar esse diálogo com o setor produtivo", acrescentou.

Estavam presentes no evento integrantes do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), como os secretários Gilberto Kassab (Relações Institucionais), Samuel Kinoshita (Fazenda) e Guilherme Afif Domingos (Projetos Estratégicos). Também compareceram o líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), e o deputado Danilo Forte (União-CE).

O que diz o ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse esperar que o Congresso vote a reforma do imposto de renda “com a mesma diligência com que votou a reforma do consumo”. Ele falou hoje na cerimônia de anúncio da expansão da farmacêutica Nova Nordisk em Montes Claros (MG).

Haddad reiterou que a proposta não compromete o equilíbrio das contas públicas, porque ao ampliar a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil também propõe a tributação da alta renda.

Como explicou, todos os trabalhadores brasileiros com carteira assinada, que ganharem até R$ 5 mil, vão ficar 100% isentos do pagamento do imposto de renda. Quem ganha de R$ 5 mil a R$ 7 mil reais não fica isento, mas paga menos do que paga hoje. "É importante salientar que esse projeto não é um projeto que compromete o equilíbrio das contas públicas. Por quê? Porque ele tem um outro componente. Ele vai cobrar daquele que ganha mais de R$ 1 milhão por ano e hoje não paga nada de imposto de renda”, disse.

Ele pediu aos presentes que fiquem atentos à atuação de seus deputados federais e senadores e às votações que ocorrerão no Congresso, principalmente a do projeto do IR.

Mais cedo, Haddad falou sobre a reforma do consumo destacando que o País deixará de cobrar imposto sobre investimento e exportações, mas também falando aos trabalhadores, frisando a desoneração da cesta básica. “Ela vai ajudar também o consumidor brasileiro, porque ela vai desonerar produtos essenciais, como é o caso da cesta básica, como é o caso da carne. Então, isso é muito importante também para melhorar o poder de compra do nosso trabalhador, para que o seu salário possa render mais, disse.

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