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Juro médio do rotativo do cartão de crédito atinge 440,5% ao ano

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Conforme o Banco Central, essa taxa de 440,5% ao ano é apenas um registro estatístico - Envato
Conforme o Banco Central, essa taxa de 440,5% ao ano é apenas um registro estatístico

Por Marianna Gualter, da Broadcast

redacao@viva.com.br
26/12/2025 | 11h37

Brasília, 26/12/2025 - O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu de 439,8% em outubro para 440,5% em novembro. Os dados foram divulgados hoje pelo Banco Central.

A taxa do parcelado passou de 178,0% ao ano para 181,2% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa aumentou de 90,2% ao ano  para 91,2% ao ano.

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O Congresso Nacional definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida. O teto para os juros e encargos da modalidade passou a valer em janeiro de 2024.

Entenda a formação da taxa

Conforme o Banco Central, essa taxa de 440,5% ao ano é apenas um registro estatístico. Para chegar nela, o Banco Central extrapola o juro cobrado ao mês pela instituição financeira para o ano. Essa taxa nem sempre é efetivada, já que os consumidores normalmente ficam "pendurados" no cartão por apenas dias ou semanas.

O BC não pretende descontinuar essa série histórica, que serve como referência para mostrar a velocidade de aumento ou redução dos juros e também é um dos componentes para se chegar à taxa cobrada pelo sistema financeiro como um todo.

Concessões

As concessões de crédito livre dos bancos caíram 5,6% em novembro, na comparação com outubro, para R$ 575 bilhões. No acumulado de 12 meses, crescem 9,3%.

O crédito para pessoas físicas caiu 4,2% no mês, para R$ 329,4 bilhões. No acumulado de 12 meses, subiu 10,5%. No caso das empresas, as concessões de crédito recuaram 7,6%, para R$ 245,6 bilhões. Em 12 meses, têm alta de 7,9%.

O estoque do crédito no País, ou seja a soma de todo o volume de dinheiro emprestado pelos bancos, totalizou R$ 6,972 trilhões em novembro, o que significa um aumento de 9,5% no acumulado de 12 meses.

Consignado privado

O saldo do crédito consignado para trabalhadores do setor privado cresceu 8,8% em novembro, para um total de R$ 71,150 bilhões.

As concessões, por sua vez, somaram R$ 6,681 bilhões, mostrando aumento de 0,1% na comparação com outubro.

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Os números refletem o impulso do novo modelo de consignado privado, o Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo no fim de março.

A taxa média de juros do consignado privado caiu de 59,0% ao ano em outubro para 57,1% ao ano em novembro. O governo espera que, com o Crédito do Trabalhador, o tomador migre para linhas com taxas mais baixas. O comportamento dos juros no consignado privado, porém, tem registrado alta neste primeiro momento, refletindo a adaptação de instituições financeiras à modalidade e o interesse pelo segmento.

Inadimplência

A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre oscilou de 5,1% para 5,0% em novembro. A taxa para pessoas físicas caiu de 6,4% para 6,3%. A das empresas oscilou de 3,0% para 2,9%.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro subiu de 49,1% em setembro para 49,3% em outubro, informou o Banco Central.

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