O que é Selic e como afeta sua vida
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Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 11/12/2025 - O Banco Central decidiu nesta semana, novamente, manter a Taxa Selic em 15%, o que dá continuidade ao cenário de juros elevados no País e à pressão direta sobre a concessão de crédito, além de influenciar a rentabilidade dos principais investimentos de renda fixa.
O Comitê de Política Monetária (Copom) optou pela estabilidade, apesar dos sinais de desaceleração da economia, a fim de assegurar que a inflação fique mais próxima da meta.
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O que é a Selic?
Segundo o Banco Central do Brasil, a Selic, sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa básica de juros da economia brasileira.
É definida a partir das operações de compra e venda de títulos públicos realizadas diariamente pelas instituições financeiras. Na prática, funciona como referência para todas as taxas de juros cobradas ou pagas no País.
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Por ser o custo do dinheiro no mercado, a Selic orienta desde o que um banco paga para captar recursos até o que cobra ao conceder crédito. Ela também influencia diretamente a rentabilidade das aplicações financeiras de renda fixa, especialmente daquelas atreladas a indicadores pós-fixados.
Como a Selic influencia empréstimos, financiamentos e consumo
Quando o Banco Central eleva ou mantém a Selic em patamares altos, o crédito fica mais caro. O aumento funciona como freio à economia porque desestimula financiamentos imobiliários, empréstimos pessoais e crédito para empresas, que passam a ter juros maiores.
De acordo com a Serasa, a lógica é simples, se o custo do dinheiro sobe para os bancos, eles repassam esse valor ao consumidor final.
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Com juros mais altos, as famílias tendem a consumir menos e as empresas reduzem investimentos. É justamente esse esfriamento da atividade que o Banco Central busca provocar em momentos de inflação elevada.
Para quem investe, o movimento é distinto. Um juro básico em 15% favorece aplicações pós-fixadas que seguem a Selic ou o CDI.
Títulos públicos como Tesouro Selic e aplicações em CDBs, LCIs, LCAs e fundos de renda fixa atrelados ao CDI passam a entregar retornos maiores, o que atrai especialmente investidores conservadores.
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Já as aplicações com juros prefixados precisam ser observadas com cautela. Como sua rentabilidade é definida no momento da compra, ela só se tornam vantajosas quando a expectativa é de queda futura da Selic. Se os juros permanecem elevados ou sobem, esses investimentos podem não valer a pena.
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