Geraldo Magela / Agência Senado
Por Cícero Cotrim, da Broadcast
redacao@viva.com.brBrasília, 04/08/2025- O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, classificou a jornada 6x1 como a "mais cruel". Mas, indagado durante entrevista coletiva nesta segunda-feira sobre se o governo vai dedicar esforços à pauta da mudança na jornada no segundo semestre, ele defendeu que qualquer mudança precisa respeitar as necessidades de cada setor econômico.
"Tranquilizando o mundo empresarial, sempre [em] qualquer jornada máxima e qualquer grade curricular de jornada, você tem que respeitar as necessidades dos setores econômicos, porque tem atividade que necessita de funcionar 24 horas por dia, 365 dias do ano", disse o ministro. "Mas não significa que o trabalhador, que a trabalhadora, tem que cumprir essa jornada."
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Em uma entrevista coletiva para comentar os dados do Caged de junho, Marinho disse que é possível reduzir a jornada máxima de trabalho do Brasil. Com isso, pode-se introduzir a possibilidade de acabar, "de uma vez ou gradativamente", com a jornada 6x1, ele afirmou.
O ministro defendeu o papel de negociações e convenções coletivas para pensar a grade da jornada de cada categoria. "Então, acho que esse é um importante recado para ser considerado, e não achar que nós vamos ter uma lei que vai enquadrar os horários, que aí seria muito difícil, imagino eu", disse o ministro do Trabalho.
O ministro ainda observou que é possível haver um prazo de transição para a limitação do Merchant Discount Rate (MDR) do vale-refeição (VR) e vale-alimentação (VA), como parte das mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).
"É possível que a gente considere um prazo de transição", afirmou. "Estamos entrando em uma nova etapa de mês, espero que esse mês a gente consiga consolidar [as mudanças]."
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