Alckmin diz no Mais Você que lista de exceções é resultado de 'longa conversa'

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O vice-presidente concedeu entrevista à apresentadora Ana Maria Braga, na TV Globo - Reprodução/Globoplay
O vice-presidente concedeu entrevista à apresentadora Ana Maria Braga, na TV Globo

Por Renan Monteiro e Luiz Araújo, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 31/07/2025, às 12h07
Brasília, 31/07/2025 - O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse há pouco que a lista de exceção à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros é resultado de "longa conversa com membros do governo dos Estados Unidos".
Ele concedeu entrevista à apresentadora Ana Maria Braga, na TV Globo. A proposta foi detalhar e explicar para o público do programa "Mais Você" os efeitos da tarifa de 50% sobre parte dos produtos brasileiros, oficializada ontem.
Ele explicou ainda que 35,9% do total de exportações para os EUA serão afetadas com a nova tarifa. Cerca de 45% dos embarques ficaram de fora dessa taxa proibitiva e, para cerca de 20%, não teve alteração, pois eram produtos como aço e alumínio, com tributação separada.
O vice-presidente afirmou há pouco ser difícil cravar o impacto da tarifa de 50% nos preços de produtos agrícolas, como alimentos, mas afirmou que certamente haverá aumento da oferta no mercado interno dos produtos afetados pela taxa punitiva, se não houver reversão da medida dos Estados Unidos. "Muitas das exportações são complementares, atendem o mercado interno e exportam o excedente", frisou.
Alckmin evitou detalhar o plano de contingência para fazer frente ao tarifaço, mas indicou que os recursos previsto para socorrer os setores afetados podem ficar de fora das regras da contabilização do resultado primário, ou seja, do limite de gastos.
O vice-presidente mencionou a possibilidade de eventual crédito adicional para atender a despesas imprevisíveis e urgentes. Segundo ele, os efeitos da tarifa de 50% sobre a economia brasileira podem entrar nesse critério. "O plano de contingência às tarifas dos EUA buscará menor impacto fiscal possível", afirmou.
Alckmin disse que eventual conversa direta entre o presidente Lula e o presidente dos EUA, Donald Trump, depende de “preparo”, ao ser questionado sobre eventual ligação ou viagem do chefe do Executivo brasileiro aos Estados Unidos para tratar da tarifa de 50% sobre parte de produtos brasileiros.
O ministro repetiu uma fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que as tratativas com os EUA seguem, independente do prazo do vigência da taxa contra o Brasil. “Negociações começam hoje”, afirmou, dizendo que o foco é reduzir as tarifas e/ou aumentar a lista de exceções. “Vamos trabalhar para preservar empregos, produções e para avançar em abertura de mercados”, reforçou.
Alckmin está comandando as negociações sobre o tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos. A oficialização da taxação veio com uma lista de quase 700 exceções em anexo.

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