População confia mais em igrejas do que na política, segundo Ipsos/Ipec

São Paulo, 22/07/2025 - A população brasileira possui mais confiança nas igrejas do que nas instituições políticas do País, de acordo com a pesquisa Ipsos/Ipec divulgada nesta terça-feira, 22. Segundo o levantamento, as entidades religiosas registram 67 pontos no Índice de Confiança Social (ICS), superior a qualquer órgão relacionado à política.

Na metodologia do instituto, quanto mais próximo de 100, maior o nível de confiança atribuído pelos respondentes. Pontuações abaixo de 66 indicam “alguma confiança” e, abaixo de 33, classificam-se como “quase nenhuma confiança”.

Nesse sentido, a esfera de poder com maior pontuação é o Ministério Público, que aparece com 56 pontos. Em seguida, estão as prefeituras (referenciadas como “governo da cidade onde mora” na pesquisa) e seus 54 pontos. Tratam-se das instituições políticas mais próximas do cotidiano da população.

Atrás deles, está o sistema eleitoral brasileiro - alvo de ataques nos últimos anos, principalmente do bolsonarismo - que registra 50 pontos na escala do instituto. Depois, estão o Poder Judiciário e a Justiça, com 49, e o Governo Federal, com 46.

Os piores índices correspondem ao presidente da República, cargo ocupado atualmente por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 41; o Congresso Nacional, com 37; e o mais baixo, os partidos políticos, com apenas 32 pontos.

As igrejas são a segunda entidade que possui mais confiança da população brasileira, abaixo apenas do corpo de bombeiros. A pontuação é próxima das Forças Armadas, que anotam 64 pontos. No entanto, esse não é ano de maior pontuação das instituições religiosas cristãs. Em 2009, as igrejas registraram 76 pontos no índice e desde então, estão em ligeira queda. O ano de 2025 supera apenas 2013, 2014 e 2018, que anotaram 66.

Enquanto isso, o presidente do Brasil também apresentava dados melhores até 2012, entre 66 e 63. Houve um pico de queda nos anos de 2017 e 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB). Em 2023, Lula atingiu a maior pontuação (50 pontos) desde 2012, mas passou e cair e agora está com o pior índice de seu terceiro mandato. Já o Congresso Nacional sempre teve um baixo indicador de confiança, variando entre 40 e 18 pontos.