Foto: Envato Elements
Por Beatriz Duranzi
[email protected]Sentir o corpo mais quente, moleza, dor de cabeça, perda de apetite e boca seca são sinais comuns que indicam que a febre pode estar chegando. Em muitos casos, basta um toque na testa de uma criança ou adulto para acionar o alerta, algo está errado.
Apesar da febre ser frequentemente vista como uma inimiga a ser combatida o quanto antes, ela é, na verdade, um sinal de que o organismo está reagindo a uma infecção, como uma gripe ou virose. Essa reação é coordenada por uma parte do cérebro chamada hipotálamo, que funciona como um termostato, ajustando a temperatura corporal de acordo com as necessidades de defesa do corpo.
A temperatura normal do corpo humano gira em torno de 37℃. Quando o sistema imunológico entra em ação contra agentes invasores como vírus ou bactérias, ele pode liberar substâncias que avisam ao hipotálamo para aumentar esse “ajuste padrão”, fazendo com que a temperatura suba até 2℃ ou 3℃ acima do habitual.
Embora existam divergências entre especialistas sobre a real utilidade da febre no combate às infecções, alguns acreditam que ela acelera a resposta imune, enquanto outros a veem mais como um sintoma do que como um mecanismo de defesa, é consenso que, em muitos casos, ela não precisa ser combatida com remédios logo de início.
Aliás, não há nem mesmo uma unanimidade sobre qual valor no termômetro define a febre. Em crianças, por exemplo, a temperatura medida no reto acima de 38℃ costuma ser considerada febril, embora alguns médicos adotem limites ligeiramente diferentes, como 37,7℃ ou 38,3℃. Vale lembrar que a temperatura medida na axila pode ser até 0,8℃ mais baixa que a retal.
A maioria das febres comuns tende a regredir espontaneamente, à medida que o corpo vence a infecção. Mas para aliviar o desconforto, existem alternativas naturais e seguras que podem ajudar nesse processo. Veja as principais maneiras, segundo o Portal Drauzio Varella:
Colocar toalhas úmidas ou bolsas térmicas com água fria nos braços, pernas e tronco pode ajudar a diminuir a temperatura. Mas atenção: nunca use álcool, que pode ser absorvido pela pele e causar intoxicação, especialmente em bebês e crianças. E se a pessoa estiver tremendo de frio ou se sentir pior com as compressas, o ideal é suspender a prática.
Quando a temperatura sobe, o corpo gasta mais energia, cerca de 12% a mais para cada grau de elevação. Por isso, manter uma alimentação equilibrada e de fácil digestão ajuda o organismo a manter suas funções sem sobrecarga. Caldos, frutas e refeições leves são boas pedidas.
A febre acelera os batimentos cardíacos e aumenta o esforço do corpo. Para evitar desgaste desnecessário, é essencial reduzir o ritmo e repousar. Não é necessário ficar o dia inteiro na cama, mas qualquer esforço físico deve ser evitado enquanto o corpo se recupera.
Tomar banho pode ajudar a refrescar o corpo, mas é importante escolher a temperatura certa da água. Evite o banho gelado: ele até pode baixar a febre momentaneamente, mas também aumenta a frequência cardíaca, o que pode ser prejudicial. Prefira banhos mornos ou levemente frios, deixando a água escorrer suavemente por todo o corpo.
Durante a febre, o corpo perde mais líquidos, seja por suor, respiração ou até pela própria infecção. Beber bastante água é fundamental para manter a hidratação e ajudar na regulação da temperatura. Chás e sucos naturais também são boas opções, mas a água pura ainda é a melhor escolha.
Embora essas dicas sejam eficazes na maioria dos casos, a febre pode ser um sinal de alerta em algumas situações. Procure orientação médica nestes casos:
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