Brasil realizou mais de 2,5 bilhões de exames laboratoriais em 2024, alta de 9%

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Relatório aponta o envelhecimento como um dos fatores responsáveis pelo aumento na realização de exames laboratoriais no País - Adobe Stock
Relatório aponta o envelhecimento como um dos fatores responsáveis pelo aumento na realização de exames laboratoriais no País
Por Bianca Bibiano bianca.bibiano@viva.com.br

Publicado em 07/08/2025, às 16h24 - Atualizado às 16h25

São Paulo, 07/08/2025 - Em 2024, o Brasil realizou mais de 2,53 bilhões de exames laboratoriais, uma alta de 10% em relação aos 2,3 bilhões feitos no ano anterior, segundo o 7º Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, publicação lançada nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, que reúne dados estratégicos e atualizados sobre o setor no Brasil.

Do total de 2024, 1,342 bilhão de exames foram realizado pelo Sistema Único de Saúde e 1,192 bilhão pelos sistemas de saúde privado via saúde suplementar.  No ano anterior, foram realizados 1,1 bilhão de exames pelo SUS e 1,2 bilhão na saúde suplementar. Os associados da Abramed, que representa 86% do segmento privado, tiveram crescimento de receita de R$ 34 bilhões, contra R$ 26,4 bi em 2023.

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De acordo com o relatório, o setor de medicina diagnóstica foi responsável pela manutenção de 11% dos empregos na saúde, com 307 mil postos de trabalho em 2024. Os números incluem laboratórios clínicos, serviços de diagnóstico de imagem, diálise, endoscopias, ressonância magnética, quimioterapia e outros serviços do gênero. 

Ao todo, são 78.803 estabelecimentos que oferecem algum serviço de medicina diagnóstica e a região Sudeste lidera em número de empresas, com 43,5% do total. Além disso, entre os quase 300 mil equipamentos existentes, 94,3% estão em uso, segundo dados do DataSUS citados no relatório.

Envelhecimento da população afeta demanda

O envelhecimento da população é um dos fatores apontados no relatório como responsável pelo aumento na demanda por serviços de saúde e medicina diagnóstica no longo prazo. Os dados mostram, por exemplo, que do total de procedimentos diagnósticos realizados, há um crescimento acentuado nos índices a partir da faixa etária de 50 a 54 anos, com picos nas faixas que incluem pessoas desde os 70 a 74 anos e de 75 a 79 anos, evidenciando o aumento no uso dos serviços pela população idosa.

Considerando esse fator, a organização destaca possibilidades de investimento em inovação em seis áreas potenciais:

  1. Laboratórios de diagnóstico in vitro para detecção precoce de câncer e doenças genéticas.
  2. Equipamentos de alta complexidade para a alta demanda de tomografias, ressonâncias magnéticas ultrassonografias.
  3. Genômica e medicina de precisão, como a criação de um banco de genomas para a indústria nacional e testes personalizados para painéis genéticos.
  4. Saúde digital e inteligência artificial, como plataformas para agilizar laudos remotos e interpretação de exames.
  5. Serviços domiciliares com foco na coleta de exames e testes rápidos em casa, além de dispositivos de monitoramento.
  6. Parcerias público-privadas entre hospitais e laboratórios para suprir lacunas do SUS, especialmente em exames de maior complexidade.

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