Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
[email protected]São Paulo, 13/07/2025 - Desde 2022, os meses de julho e agosto vem sendo marcados por campanha de conscientização sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).O tema é parte de uma série de ações que fazem um convite à sociedade para reconhecer os desafios enfrentados por crianças, adolescentes e adultos que convivem com o transtorno.
Uma delas é o Dia Mundial do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), celebrado em 13 de julho, que busca ampliar o debate sobre um dos transtornos neuropsiquiátricos mais diagnosticados no mundo e que pode persistir por toda a vida.
De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o objetivo da campanha é promover a conscientização, desmistificar ideias equivocadas e estimular o diagnóstico e o tratamento adequados.
A data mundial foi proposta em 2012 pelo pesquisador norte-americano Russell Barkley, um dos principais especialistas no tema, como forma de reforçar a importância de políticas públicas voltadas ao diagnóstico precoce e ao acesso ao tratamento.
No Brasil, a campanha sobre o tema não se limita a um único dia. A conscientização sobre o TDAH no País também é marcada pela Semana Nacional de Conscientização sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, realizada anualmente no período que inclui o dia 1º de agosto.
A ação foi instituída pela Lei nº 14.420, de 2022, com o objetivo de informar a população sobre a importância do diagnóstico e do tratamento precoce do transtorno.
Segundo a entidade, o TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta cerca de 5% das crianças e 2,5% dos adultos no mundo. Ele se manifesta por meio de sintomas que interferem na vida escolar, profissional e social da pessoa afetada e pode se manisfestar em qualquer idade, como:
O diagnóstico do TDAH é clínico, realizado por médicos especializados com base em critérios definidos por manuais internacionais, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Ainda assim, especialistas alertam para os perigos da medicalização excessiva e da falta de reconhecimento do transtorno em pessoas que realmente precisam de acompanhamento.
O tratamento geralmente envolve uma combinação de abordagens, incluindo acompanhamento psicológico, suporte educacional e, em alguns casos, uso de medicamentos. A participação da família e da escola é considerada essencial para a eficácia do tratamento.
No Brasil, campanhas informativas e ações em redes sociais têm contribuído para reduzir o estigma associado ao diagnóstico. Entretanto, ainda é comum que pessoas com TDAH enfrentem dificuldades em ambientes escolares e no mercado de trabalho, seja por desconhecimento, seja por preconceito.
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