Cortisol: o que é e como diminuir?
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Por Larissa Crippa
redacao@viva.com.brSão Paulo, 03/12/2025 - O cortisol, conhecido como "hormônio do estresse", é naturalmente criado por nossos sistemas biológicos para a regulação de irritações. Ele prepara o corpo para situações de alerta, e funciona bem em curto prazo, regulando funções como glicemia, pressão arterial e inflamação. Porém, sua durabilidade pode trazer efeitos prejudiciais.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), níveis persistentemente altos do hormônio estão associados a ganho de peso, perda de massa muscular, alterações emocionais e maior risco de doenças metabólicas.
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Efeitos do excesso de cortisol no organismo
Quando este hormônio está presente de forma excessiva, é possível observar ganho de peso e acúmulo de gordura abdominal. A exposição prolongada ao hormônio interfere no metabolismo e favorece o aumento da gordura visceral, com quebra de proteínas e perda de força.
Além disso, o cortisol eleva a glicemia para garantir energia rápida em situações de estresse. Quando isso se torna crônico, pode alterar a sensibilidade à insulina e níveis de diabetes. Essa ação contínua sobre os vasos sanguíneos também contribui para hipertensão.
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O desequilíbrio altera o ritmo circadiano, prejudicando o descanso, e limita a resposta de defesa, deixando o organismo mais vulnerável a infecções.
Como reduzir naturalmente?
Algumas dicas simples fornecidas pela SBEM envolvem:
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Sono regular: manter horário fixo para dormir e evitar estímulos antes de deitar.
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Atividade física moderada: prática regular ajuda na modulação hormonal.
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Gestão do estresse: técnicas como respiração profunda, yoga e meditação auxiliam na regulação do eixo HPA.
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Alimentação equilibrada: evitar excesso de açúcar, cafeína e ultraprocessados.
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Pausas durante o dia: interrupções breves reduzem a sobrecarga mental.
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Contato social e lazer: atividades prazerosas diminuem a ativação fisiológica do estresse.
Apesar desses fatores contribuírem para a redução, cada caso deve ser acompanhado individualmente e por profissionais qualificados. A automedicação também deve ser evitada.
E a "falta de cortisol" é algo bom?
O ideal para este hormônio é o equilíbrio. Assim como o excesso traz prejuízos, a redução anormal também não é benéfica. Quando o hormônio está abaixo do esperado, como ocorre na insuficiência adrenal, o organismo perde a capacidade de responder adequadamente ao estresse, resultando em sintomas como fraqueza intensa, tontura, náuseas, pressão baixa e cansaço crônico.
Isso ocorre porque o cortisol depende de um eixo coordenado entre hipotálamo, hipófise e glândulas suprarrenais; qualquer falha nesse circuito compromete sua produção.
Da mesma forma, ele pode permanecer elevado mesmo após o fim de uma situação estressante: o corpo nem sempre interpreta corretamente que o perigo terminou, mantendo o eixo ativado e dificultando o retorno aos níveis basais. Por isso, tanto a persistência quanto a queda do hormônio merecem atenção médica, especialmente quando acompanhadas de sintomas contínuos.
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