Foto: Envato Elements
Por Gabrielly Bento
redacao@viva.com.brNesta sexta-feira (11), o mundo volta suas atenções para a Doença de Parkinson, uma condição neurológica que afeta milhões de pessoas em todo o planeta. A data, instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1998, tem como principal objetivo disseminar informações sobre o transtorno, promover o diagnóstico precoce e mostrar que, apesar de não ter cura, a doença pode ser tratada, garantindo mais qualidade de vida aos pacientes.
A escolha do dia não é por acaso. Ele homenageia o médico britânico James Parkinson, nascido em 1755, que foi o primeiro a descrever de forma detalhada os sintomas do que viria a ser reconhecido como uma condição clínica. Sua obra Ensaio Sobre a Paralisia Agitante, publicada em 1817, é considerada um marco no estudo da doença.
O Parkinson é uma enfermidade crônica, de evolução progressiva, que compromete principalmente o sistema nervoso central. Os sintomas mais conhecidos são: os tremores em repouso, a rigidez muscular, a lentidão para executar movimentos e a instabilidade na postura.
Porém, muitos sinais aparecem de forma silenciosa e antecedem os problemas motores, como alterações no sono, perda do olfato, constipação intestinal, queda do apetite e até sintomas depressivos.
Segundo dados da OMS, o Parkinson ocupa a segunda posição entre as doenças neurodegenerativas mais comuns em todo o planeta, ficando atrás apenas do Alzheimer.
Estima-se que cerca de 1% das pessoas com mais de 65 anos podem desenvolver a doença, e a expectativa é de que esse índice suba para até 3% nas próximas décadas, impulsionado pelo envelhecimento populacional.
Um dos desafios enfrentados por quem convive com o Parkinson é o preconceito, frequentemente alimentado por informações equivocadas, como a ideia de que a condição é sempre incapacitante.
Embora ainda não exista um tratamento definitivo, os avanços médicos oferecem diversas opções terapêuticas – que incluem desde o uso de medicamentos até terapias complementares como fisioterapia, fonoaudiologia e atividades físicas.
No Brasil, os remédios específicos para o controle dos sintomas da Doença de Parkinson estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais. A definição do tratamento leva em conta o estágio da doença, a idade da pessoa, o tipo de manifestação e possíveis efeitos colaterais.
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