Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 16/08/2025 - A presença constante de telas no dia a dia, seja em celulares, computadores ou televisores, transformou a forma como as pessoas se comunicam, se informam e se entretêm. Para os idosos, esse contato com a tecnologia traz um misto de oportunidades e desafios.
Segundo o estudo desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais investigou como o tempo de tela influencia a saúde mental em diferentes fases da vida, revelando que em pessoas mais velhas, os impactos merecem atenção especial.
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No caso dos idosos, a análise identificou que, embora a interação com dispositivos digitais possa favorecer aspectos como a cognição e o engajamento social, o uso excessivo está associado a maior sofrimento psicológico, pior qualidade do sono e, em alguns casos, aumento da solidão.
Segundo os resultados, o tempo diante das telas não é o único fator determinante. O conteúdo consumido e a forma como a tecnologia é utilizada desempenham papel crucial.
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Atividades que estimulam o aprendizado, promovem vínculos sociais e fortalecem a autonomia tendem a ter efeitos positivos.
Por outro lado, o consumo passivo e prolongado, especialmente de conteúdos negativos ou estressantes, pode potencializar sentimentos de ansiedade e desânimo.
Outro ponto levantado pelo estudo é que a adaptação à tecnologia nem sempre é fácil para quem cresceu longe do ambiente digital.
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Muitos idosos relatam insegurança e receio ao usar dispositivos, o que pode gerar frustração e afastamento.
Ao mesmo tempo, aqueles que recebem apoio de familiares, amigos ou programas de capacitação mostram maior disposição para integrar a tecnologia ao cotidiano de forma saudável.
O estudo apontam que, para essa faixa etária, o equilíbrio é fundamental. Limitar o tempo de exposição e priorizar atividades que combinem como:
Além disso, criar ambientes digitais mais amigáveis e acessíveis contribui para que a experiência tecnológica seja benéfica, e não uma fonte adicional de estresse.
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A pesquisa reforça que a convivência com as telas é inevitável na sociedade atual.
Para os idosos, o desafio está em transformar esse contato em um aliado para a saúde mental, explorando o potencial de conexão e aprendizado sem abrir espaço para os efeitos prejudiciais do excesso.
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