Crianças em risco na internet: 5 dicas para proteger seus filhos on-line

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Com ambiente on-line repleto de ameaças, crianças e adolescentes precisam de supervisão on-line - Foto: Adobe Stock
Com ambiente on-line repleto de ameaças, crianças e adolescentes precisam de supervisão on-line

Por Beatriz Duranzi

redacao@viva.com.br
Publicado em 09/08/2025, às 15h03 - Atualizado às 15h04

São Paulo, 09/08/2025 -- Com o avanço das tecnologias e o fácil acesso à internet por meio de celulares, tablets e computadores, crianças e adolescentes passaram a ocupar um espaço expressivo no mundo digital

No entanto, esse crescimento também trouxe riscos sérios: o ambiente on-line está repleto de ameaças como assédio, aliciamento sexual, exposição a conteúdos impróprios e golpes.

Segundo especialistas em segurança digital e direitos da infância, a falta de supervisão, aliada ao anonimato da internet, torna os jovens vulneráveis a criminosos que atuam em redes sociais, jogos online, plataformas de vídeo e aplicativos de mensagem.

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O perigo está nos detalhes

Aplicativos populares entre crianças e adolescentes, como TikTok, Instagram, Discord, WhatsApp, Kwai e até jogos multiplayer como Roblox e Minecraft, são frequentemente utilizados por predadores sexuais para iniciar conversas, criar laços de confiança e tentar marcar encontros presenciais.

Muitos desses criminosos usam fotos falsas, perfis de outras crianças ou adolescentes, e linguagem emocional para manipular suas vítimas, em um processo chamado de grooming digital.

5 dicas para proteger seus filhos na internet

Confira orientações práticas de proteção à infância para manter sua família segura no ambiente digital:

  1. Estabeleça o diálogo: converse abertamente com seu filho sobre os riscos da internet, explicando de forma clara, mas sem gerar medo, o que é apropriado ou não.
  2. Acompanhe o uso das redes sociais: saiba quais aplicativos e jogos a criança usa e com quem ela interage. Sempre que possível, configure as contas como privadas.
  3. Use controles parentais: Plataformas como Google, YouTube e sistemas operacionais como Android e iOS oferecem ferramentas que ajudam a limitar o acesso a conteúdos inadequados.
  4. Oriente sobre privacidade: ensine a nunca compartilhar fotos íntimas, endereço, nome da escola ou qualquer informação pessoal com desconhecidos.
  5. Esteja atento a mudanças de comportamento: isolamento, medo, irritação ou ansiedade podem ser sinais de que a criança está sofrendo algum tipo de ameaça ou manipulação online.

Denuncie sempre

Se houver qualquer suspeita de crime virtual contra uma criança ou adolescente, os canais oficiais de denúncia são:

  • Disque 100 – Central de Direitos Humanos do Governo Federal.
  • SaferNet – Plataforma que recebe denúncias anônimas sobre crimes virtuais: www.safernet.org.br
  • Delegacias especializadas em crimes cibernéticos – disponíveis em diversos estados.

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A responsabilidade também é das plataformas

As redes sociais precisam criar filtros e políticas mais rígidas de proteção infantil, responsabilizando usuários infratores e colaborando com investigações.

Organizações como o Unicef e o Instituto Alana também pressionam por educação digital nas escolas, para que crianças entendam seus direitos, saibam reconhecer abusos e se protejam.

Proteção digital é proteção à infância. A presença online faz parte da vida moderna, mas não pode acontecer sem responsabilidade e atenção. 

Pais, responsáveis, escolas, governos e empresas de tecnologia precisam atuar em conjunto para garantir uma internet mais segura para as crianças.

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