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Infecção urinária recorrente aumenta com a idade; saiba como prevenir

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A partir dos 60 anos, as chances de desenvolver a infecção podem chegar a 50% em mulheres - Foto: Adobe Stock
A partir dos 60 anos, as chances de desenvolver a infecção podem chegar a 50% em mulheres
Por Emanuele Almeida

26/12/2025 | 16h00

São Paulo, 25/12/2025 - Quatro a cada dez mulheres terão infecção do trato urinário (ITU) recorrente, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A prevalência aumenta com a idade: a partir dos 60 anos, as chances de desenvolver a infecção podem chegar a 50%.

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A ITU é uma das infecções mais recorrentes no público feminino, embora também afete homens. Ela ocorre pela ação de bactérias, em sua maioria do trato intestinal, que entram na uretra e se multiplicam. No quadro recorrente, pode manifestar-se a cada seis meses ou em intervalos ainda menores.

Os sintomas gerais de infecção urinária são:

  • Ardor ao urinar;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Jato fraco;
  • Dor pélvica;
  • Febre e calafrios.

Para as mulheres, a chance de ter ITU é 50% maior do que para os homens na idade adulta. Isso decorre, principalmente, da anatomia da uretra feminina, que é mais próxima da vagina e do reto.

Gráfico de barras horizontal: Prevalência de infecção urinária recorrente em mulheres. 80 anos: 50%, 65 anos: 20%, 60 anos: 15%
Com o envelhecimento, mulheres mais velhas tendem a ter mais infecção de urina. Fonte: Fiocruz

A médica ginecologista da Rede Casa, Rafaela Brito, explica que, nas mulheres mais velhas, especialmente após a menopausa, a queda do estrogênio resseca a vagina e reduz as bactérias “boas” que ajudam na proteção — por isso a infecção se torna mais comum.

Ela indica que o tratamento com estrogênio vaginal, prescrito pelo ginecologista para mulheres nesse período, ajuda a reduzir as infecções.

Contudo, no aspecto geral, há fatores que podem propiciar as infecções repetitivas, como: uso de diafragma, que altera o pH e a flora vaginal protetora; gravidez; e características genéticas ou anatômicas do trato urinário que predispõem à reincidência da infecção.

Rafaela elenca os principais cuidados gerais para prevenir infecções:

  • Beber bastante água ao longo do dia;
  • Não segurar o xixi por muito tempo;
  • Higienizar a região íntima de forma suave, sempre da frente para trás;
  • Urinar depois das relações sexuais (principalmente para quem tem infecções ligadas ao ato sexual);
  • Tratar a prisão de ventre, que aumenta as bactérias ao redor da uretra.

Homens

Apesar de ser menos frequente em homens, a ITU ainda pode acontecer, principalmente com o envelhecimento. O urologista especialista pela Sociedade Brasileira de Urologia, Igor Lima, aponta que, a partir dos 50 anos, a infecção pode acometer mais homens.

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“Nessa faixa etária, doenças da próstata, como a hiperplasia prostática benigna (HPB), dificultam o esvaziamento completo da bexiga e favorecem o crescimento de bactérias”, explica.

Para homens mais jovens, Igor ressalta que a infecção é rara e, quando ocorre, pode indicar alguma alteração estrutural ou funcional, como estreitamento da uretra ou cálculos urinários.

O especialista destaca que a progressão dos sintomas pode causar prostatite (infecção da próstata), pielonefrite (infecção dos rins) ou até sepse urinária, um quadro grave que exige tratamento hospitalar.

Como prevenção para os homens, o urologista elenca:

  • Tratar adequadamente doenças da próstata e corrigir eventuais alterações anatômicas;
  • Manter boa higiene íntima e procurar avaliação médica diante de qualquer sintoma.

Verão

Um ponto em comum tanto para homens quanto para mulheres, independentemente da idade, que aumenta a chance de infecção é o verão. Neste período, a maior desidratação e a concentração da urina facilitam a proliferação de bactérias.

“Ficar muito tempo com biquíni e sunga molhados mantém a região íntima quente e úmida, o ambiente perfeito para os germes crescerem”, alerta Rafaela Brito.

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