No Brasil, 72% apresentam problemas de pele ligados a picadas de mosquito
10/12/2025 | 12h27
São Paulo, 10/12/2025 - Pesquisa realizada pelo Datafolha indica que sete em cada dez pessoas com rotina de cuidados com a pele já enfrentaram algum tipo de problema na pele causado por picadas de mosquitos. O levantamento, encomendado pela empresa OFF!, revela que manchas e irritações são os principais problemas causados.
Com o verão, há um aumento notável da presença de mosquito, em consequência do aumento das chuvas e da sua adaptação às superfícies cobertas por água e às altas temperaturas. É nesse período também que as pessoas saem mais de casa para realizar atividades ao ar livre.
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A pesquisa mostra que, embora 87% dos brasileiros pratiquem atividades ao ar livre e 66% sintam-se em risco semanal de picadas, o uso de repelente ainda não acompanha esse estilo de vida, já que apenas 46% dos entrevistados afirmaram utilizá-lo somente quando consideram necessário.
Cuidados para evitar picadas ainda não são um hábito constante. Segundo o estudo, a população se divide entre aqueles que se protegem regularmente e os que só tomam precauções quando acham necessário. Além disso, 12% não se cuidam, por não se importarem com picadas ou não verem necessidade na região em que residem.
A dermatologista Leticia Muller Rocha explica que a falta do uso de repelente ignora uma causa relevante de manchas na pele. "As picadas podem desencadear inflamações, manchas, lesões e até infecções quando a barreira da pele é rompida pela coceira." Ela ressalta que a inflamação após a picada pode escurecer a cútis e gerar manchas visíveis, que tendem a ser mais pronunciadas em pessoas com maior predisposição à hiperpigmentação, como é o caso das pessoas de pele negra.
Preocupações
A possibilidade de contrair doenças transmitidas por mosquitos é a principal preocupação das pessoas para buscarem usar repelente. Em seguida, surgem o incômodo causado pelas picadas e o risco de reações alérgicas mais intensas. Apenas 3% não têm nenhuma preocupação com a possibilidade de serem picados.
A maioria das pessoas (81%) se preocupa em contrair doenças por meio da picada de mosquitos, como dengue, zika, chikungunya ou malária. A segunda maior preocupação é ter algum tipo de reação alérgica mais severa (30%); em relação às marcas deixadas pelas picadas, o percentual de pessoas que se preocupam é mais baixo (21%).
Onde se usa mais repelente no Brasil?
A pesquisa indicou que as regiões Nordeste e Norte, áreas onde a população é mais vulnerável às doenças transmitidas por mosquitos, são locais onde menos se utiliza repelente, quando comparados à média nacional.
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A motivação para o uso do produto no Nordeste está mais frequentemente ligada à prescrição médica, mas, ainda assim, a adoção segue abaixo da média nacional.
Metodologia da pesquisa
Foram realizadas 1.001 entrevistas em todo o Brasil, com homens e mulheres, 18 anos ou mais, das classes econômicas A, B e C — todos usuários de produtos de cuidados com a pele ao menos uma vez por semana. A coleta dos dados foi feita de 16 a 30 de outubro de 2025.
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