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Pesquisa aponta baixa adesão de homens 50+ a atendimentos psicológicos

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Plataforma de saúde online identificou baixa porcentagem de atendimentos ao público masculino em todas as idades - Envato
Plataforma de saúde online identificou baixa porcentagem de atendimentos ao público masculino em todas as idades
Por Bianca Bibiano

04/12/2025 | 16h00

São Paulo, 04/12/2025 - Mesmo com a saúde mental ocupando cada vez mais espaço no debate público, os homens ainda são minoria quando o assunto é buscar ajuda psicológica. É o que apontam dados levantados pela plataforma de saúde digital Conexa e enviados em primeira mão ao VIVA.

De acordo com o Research Center da Conexa, apenas 29,6% dos atendimentos em psicologia feitos pela plataforma online foram de homens, um acesso 58% menor em comparação às mulheres. A empresa partiu de uma base de mais de 595 mil atendimentos, dos quais apenas 194 mil foram de pacientes do sexo masculino.

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Segundo o levantamento, a diferença também aparece na faixa etária: entre os homens, a maior procura ocorre entre 21 e 30 anos. Mas entre os pacientes 50+, o cenário se agrava: apenas 22,2% dos atendimentos são masculinos.

A baixa procura contrasta com indicadores que apontam a ansiedade como a quinta maior causa de entrada masculina em pronto atendimento médico, sugerindo que muitos homens apenas procuram ajuda quando o quadro atinge um nível crítico, destaca Guilherme Weigert, CEO da Conexa.

“Muitos homens só buscam ajuda quando o sofrimento já está insustentável. Eles ainda tendem a tratar a saúde de forma pontual, quando na verdade o acompanhamento integrado, físico e emocional, é o que realmente reduz riscos e melhora a qualidade de vida.”

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Ainda de acordo com o levantamento, a questão não está relacionada ao menor acesso dos homens à plataforma de saúde. De janeiro a novembro deste ano, eles representaram quase 40% da base de pacientes, mas apenas 32,6% dos atendimentos, um forte sinal de que recorrem menos aos serviços de saúde, aponta Weigert. 

A média é de três consultas por pessoa, enquanto as mulheres chegam a quatro. Além disso, a falta de continuidade no cuidado também se sobressai nos dados: apenas 9,1% dos homens utilizaram mais de um serviço de saúde da plataforma ao longo do ano, contra 13,4% entre mulheres, o que sugere menor adesão deles a jornadas de saúde integradas e acompanhamento multiprofissional.

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“O cuidado mental precisa entrar no debate quando falamos sobre a saúde do homem. A combinação entre menor percepção de risco, tabus históricos e dificuldade de buscar ajuda faz com que os homens cheguem mais tarde aos serviços de saúde”, conclui Weigert.

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