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Homens resistem a buscar informações sobre câncer de próstata, mostra pesquisa

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Pesquisa mostra que 12,8% das dúvidas online sobre câncer de próstata foram feitas por familiares ou amigos, e não pelos próprios pacientes - Envato
Pesquisa mostra que 12,8% das dúvidas online sobre câncer de próstata foram feitas por familiares ou amigos, e não pelos próprios pacientes
Bianca Bibiano
Por Bianca Bibiano bianca.bibiano@viva.com.br

Publicado em 18/11/2025, às 08h32

São Paulo, 17/11/2025 - Homem não quer saber de câncer de próstata ou tem vergonha de perguntar. Uma pesquisa feita pela plataforma de saúde Doctoralia analisou 3.327 perguntas feitas por homens (ou seus familiares) na seção Pergunte ao Especialista entre 2013 e 2025 e mostra que 12,8% das dúvidas sobre câncer de próstata foram feitas por familiares ou amigos, e não pelos próprios pacientes. Segundo a plataforma, isso evidencia que muitos homens ainda precisam de um "mediador" para quebrar o silêncio e buscar ajuda.
De acordo com a análise, 49,3% das preocupações masculinas estão ligadas à qualidade de vida e função sexual, enquanto 31,6% focam em diagnóstico um contraste significativo em relação às mulheres, que concentram 44% das dúvidas em diagnóstico.
Entre os principais temas das perguntas estão tratamento (32%), diagnóstico (31,6%), impacto na masculinidade (17,3%) e pós-tratamento (17,3%). Questões sobre prevenção representam apenas 2,5% do total.
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"Os dados mostram que, além do medo do diagnóstico, os homens têm grande preocupação com o impacto da doença e do tratamento na vida sexual. Essa ansiedade em torno da masculinidade ainda é uma barreira importante na busca por prevenção", disse em nota Flávia Soccol, head de patient care da Doctoralia.
A empresa também analisou o comportamento em relação às campanhas de conscientização, e mostra que, embora o mês de novembro concentre boa parte das campanhas de prevenção, as buscas sobre o tema do câncer de próstata aumentam em dezembro, historicamente com 9,4% a mais perguntas do que no mês anterior. 
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A empresa acrecida que as campanhas geram alerta, mas ações efetivas, como a procura por exames e informações, acontecem apenas depois. "O efeito retardado das campanhas masculinas reforça o quanto o tabu ainda pesa. As campanhas despertam a consciência, mas muitos homens só agem quando pressionados por familiares ou quando o problema já está instalado", completa Soccol.
Apesar dos avanços, o levantamento mostra que ainda há um longo caminho para transformar a conscientização em prevenção, destaca a porta-voz. "O câncer de próstata tem altas taxas de cura quando detectado precocemente. O exame e o diálogo com o médico são aliados fundamentais e precisam deixar de ser um tabu. Falar sobre saúde é um ato de coragem, não de fraqueza", conclui.

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