Pesquisa aponta que executivos brasileiros são os que mais combatem o etarismo

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Brasileiros promovem mais iniciativas de prevenção à discriminação etária no ambiente de trabalho do que outros executivos no mundo - Envato
Brasileiros promovem mais iniciativas de prevenção à discriminação etária no ambiente de trabalho do que outros executivos no mundo
Por Cláudio Marques claudio.marques@viva.com.br

Publicado em 09/09/2025, às 08h19

São Paulo, 09/09/2025 - Os altos executivos brasileiros são mais presentes no combate ao etarismo nas organizações do que seus equivalentes espalhados pelo mundo. É o que aponta o estudo global Talent Trends Leadership 2025, da Page Executive, unidade de negócios do PageGroup especializada no recrutamento de executivos da alta liderança.

O levantamento mostra que 31% dos respondentes informaram que promovem iniciativas de prevenção à discriminação etária no ambiente de trabalho. O porcentual é superior à média global (20%) e da América Latina (25%).

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Trata-se de uma adesão importante para o combate ao idadismo, pois dados da mesma pesquisa divulgados anteriormente mostram que 41% dos trabalhadores brasileiros afirmam já ter sofrido etarismo ao longo da carreira. O índice brasileiro sobre idadismo é superior à média global (36%) e à média da América Latina (35%). 

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O diretor-executivo na Page Executive, Humberto Wahrhaftig, afirma que a alta liderança executiva no Brasil tem assumido um papel fundamental no combate à discriminação etária no ambiente de trabalho, promovendo uma cultura organizacional mais inclusiva e equitativa, por meio de políticas de diversidade, treinamentos de conscientização e práticas de valorização da experiência profissional.

Segundo ele, os líderes estão desafiando estereótipos associados à idade e incentivando a integração de diferentes gerações.

Essa postura não apenas fortalece o compromisso ético das empresas, como também potencializa a inovação e a produtividade, ao reconhecer o valor da diversidade etária como um ativo estratégico”.
O levantamento também apurou como a alta liderança encara outras práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). Para 13% dos respondentes do Brasil é importante promover mais equidade e inclusão de pessoas de diversas origens raciais ou étnicas. Esse indicador é superior à média global (10%) e da América Latina (6%). Para 12%, é preciso acabar com a disparidade salarial entre gêneros, número inferior à média global (14%) e da América Latina (18%).
Outro dado obtido pela pesquisa, mostra que, no Brasil, menos da metade dos respondentes (42%) sentem que podem ser autênticos em seu local de trabalho. O indicador é superior à média verificada no mundo (38%) e semelhante à da América Latina (41%).
“Muitas vezes, as organizações tratam a inclusão como mais um item da lista, ignorando a verdade mais profunda: a exclusão, seja com base na idade, raça, gênero, deficiência ou origem socioeconômica corrói a confiança e afasta líderes de alto potencial, afirma Paulo Dias, diretor-executivo da Page Executive.
Executivos talentosos não permanecerão onde se sentem discriminados ou invisíveis".
A pesquisa ouviu aproximadamente 4 mil profissionais que atuam em empresas de diversos portes e segmentos de 36 países durante novembro e dezembro de 2024.

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