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Por Wilian Miron e Talita Nascimento, do Broadcast
[email protected]São Paulo, 03/06/2025 - A pesquisa “Panorama da Liderança 2025”, realizada pela Amcham em parceria com a Humanizadas, aponta diferenças no estilo de liderança que as empresas têm e o que desejam. De acordo com a pesquisa, o estilo atual é voltado à rotina, controle e metas de curto prazo, enquanto o ideal seria uma proposta mais estratégica, integradora e com visão sistêmica e foco em impacto organizacional humano.
Conforme o estudo, 69% dos entrevistados apontam que o desenvolvimento de líderes e equipes é a principal prioridade para melhorar a performance organizacional, e o foco está na maturidade estratégica, inovação com propósito e preparo para decisões em ambientes complexos.
Outro ponto destacado na pesquisa é que a retenção de talentos está diretamente ligada à qualidade da liderança e à coerência entre cultura e propósito. Já entre os principais fatores citados por profissionais de alta performance para permanecer na empresa estão as oportunidades reais de crescimento, liderança inspiradora, além de propósito e alinhamento com valores.
Em relação à comunicação, a maioria dos entrevistados aponta que o maior motivo do fracasso estratégico é uma comunicação falha. Para 59% dos respondentes, há falhas na comunicação e 48% apontam problemas de disciplina na execução.
A avaliação do estudo é que a falta de clareza de papéis e o distanciamento entre liderança executiva e os níveis intermediários comprometem a implementação das estratégias.
Das empresas ouvidas, 82% medem alta performance com base em resultados financeiros tradicionais, como lucro, receita e margem.
De acordo com o estudo, embora esses parâmetros sejam relevantes, são insuficientes diante de um cenário que exige transformação contínua, engajamento de pessoas e alinhamento entre cultura e estratégia.
Além disso, a qualidade da liderança também é considerada como fator preponderante para o sucesso ou fracasso das estratégias organizacionais e, na avaliação de 72% entrevistados, o baixo engajamento é atribuído à ausência de líderes inspiradores. Dos executivos ouvidos, 68% apontam a liderança com o maior fator de retenção ou evasão de talentos, e 61% consideram que líderes despreparados tomam decisões mal informadas que comprometem a estratégia.
A pesquisa Panorama Lideranças 2025 ouviu 765 executivos, sendo que 44% ocupam cargos de alta liderança e 84% representam empresas de médio e grande porte.
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