Facebook Viva Youtube Viva Instagram Viva Linkedin Viva

Veja como utilizar o LinkedIn para se sobressair no ambiente profissional

Adobe Stock

LinkedIn é a maior rede social profissional do mundo, aprenda a tirar proveito do seu networking - Adobe Stock
LinkedIn é a maior rede social profissional do mundo, aprenda a tirar proveito do seu networking
Claudio Marques
Por Claudio Marques claudio.marques@viva.com.br

Publicado em 03/11/2025, às 08h25 - Atualizado às 08h43

São Paulo, 03/11/2025 - Formada em veterinária pela USP, Renata Centurion diz que é parte das estatísticas. O motivo, conta, é que foi demitida nas duas vezes em que retornou ao trabalho depois de uma licença maternidade. Até então, havia atuado na área de vendas de companhias do seu setor. Depois da segunda dispensa, decidiu partir para uma transição de carreira e montar uma empresa de produtos médicos, enfrentando todas as dificuldades de criar e gerir um negócio sozinha
Leia também: Prepare seu perfil no LinkedIn para ter visibilidade
Em meio a esse processo, recebeu um convite para vender um produto que estava sendo lançado: um software de gestão de reembolso para empresas. Achou que seria um sucesso. Mas logo descobriu que tinha um concorrente de peso: o Excel, da Microsoft. “E ainda era de graça”, lembra. Em um setor que não conhecia, saiu em busca de orientação. “Fui perguntar para os idealizadores do negócio, como é que se vendia, para quem e por que se vendia”, conta. A resposta foi: ‘Você não é vendedora? Então, se vira’. 
Leia também: Mulheres aumentam a participação na criação de negócios, segundo pesquisa
[Colocar ALT]
Renata Centurion mergulhou no LinkedIn depois de ser demitida ao retornar de licença-maternidade - Divulgação
Foi quando descobriu o LinkedIn, a maior rede social profissional do mundo, focada em negócios, carreiras e emprego, e ali retomou sua teia de contatos. Em 2024, 75 milhões de brasileiros acessaram a rede. 
Por intermédio do aplicativo, conseguiu muitas das informações que precisava e, desde então, ela o usa todos os dias, segundo diz. “Descobri, porque precisava. Ninguém me conhecia”, recorda. “Eu precisava prospectar, precisava saber quem eram os meus possíveis clientes. Eu tinha que entender qual era a dinâmica de compra”, conta. 
Atualmente, Renata Centurion é sócia-diretora América Latina da Winning by Design, atuando como consultora e mentora de organizações brasileiras e também como palestrante. A empresa, originária do Vale do Silício, atua nas áreas de vendas, marketing e customer success.

Oportunidades de emprego via networking

Muitas pessoas só descobrem o Linkedin quando se veem novamente no mercado em busca de uma oportunidade ou tentando dar um novo rumo para a vida profissional, como Fernanda Nascimento. Ela recorreu ao Linkedin, em 2013, depois de ficar desempregada. “Quando eu fui pedir ajuda, me falaram: ‘Olha, agora não se acha mais vaga de emprego no jornal. E os portais de emprego não têm todas as posições mais altas. Então, você vai ter que fazer um trabalho muito forte de networking”, conta. 
Leia também: Até o CEO do LinkedIn teve de lidar com etarismo; leia entrevista com Milton Beck
Nessa busca por auxílio, ela também percebeu que as pessoas não sabiam exatamente o que fazia uma head de marketing da área de tecnologia – cargo em que atuou. “Faltava compreensão do que eu poderia gerar como valor para as pessoas que viessem a trabalhar comigo. E eu precisava ter os valores que eu oferto reconhecidos pelos públicos com quem eu queria me conectar”, recorda ela, que se tornou especialista no uso de Linkedin e fundou a Stratlab Inteligência em Marketing Digital. A empresa oferece serviços, entre outros, de planejamento de marketing B2B e conteúdo estratégico. 
Fernanda Nascimento alega que, mais do que o envio de currículos por e-mail ou se candidatar a postos de trabalho em plataformas de empregos, hoje, é preciso ter visibilidade e “uma marca” associada ao perfil do profissional. 
 “A visibilidade é um ativo. As pessoas também se reposicionam com mais facilidade em função da visibilidade que têm”. 
Fernanda Nascimento posa com a mão direita sob o queixo
Fernanda Nascimento dá dicas sobre o uso do LinkedIn - Divulgação
Segundo ela, o Linkedin, que há muito deixou de ser um simples banco de currículos, é o instrumento para a criação, manutenção e visibilidade dessa marca, que deve ser calcada nas experiências, talentos, posicionamentos, ideias e autoridade do profissional. É por esse conjunto de características que ele pode, e precisa, ter seu perfil reconhecido como alguém capaz de gerar valor para as organizações.  
O uso do LinkedIn, no entanto, encontra resistência por parte do público 50+, embora a ferramenta seja cada vez mais utilizada. “A  gente vem de uma época em que qualquer tipo de exposição, do tipo ‘deixa eu contar o que eu faço’, era ser exibido demais”, afirma Nascimento. 
“Não se trata de fazer propaganda de si próprio, mas de  conseguir compartilhar a bagagem adquirida, de uma maneira que o outro veja o valor que ele tem e pode criar”, argumenta.
No entanto, diz ela, se a pessoa postar no LinkedIn o quanto ela é boa, legal e inteligente, não vai ter a visibilidade desejada. “Mas falar sobre os problemas que os outros enfrentam e dar dicas, por exemplo, de como é possível solucioná-los, provoca um desdobramento enorme. Ela pode fazer várias peças de conteúdo de diferentes vieses”, diz. E, assim, consolidar sua marca, obter reputação e se tornar visível.
Nascimento ressalta as possibilidades de ganho com essa visibilidade: “Quando, por exemplo,  um profissional de vendas é bem posicionado (no Linkedin) e ele consegue influenciar o seu segmento, ele faz mais negócios para sua empresa." 
Segundo ela, as questões relacionais podem se sobrepor às técnicas. Afinal, comprar de quem se confia é, também, uma maneira de reduzir riscos e se preservar.  “Essas negociações entre as empresas, portanto, envolvem relações de confiança, muito mais do que preço”, defende.
Nos negócios corporativos, de certa forma, é sempre um comprando a imagem do outro e vice-versa”.

Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.

Gostou? Compartilhe

Últimas Notícias