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Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 19/11/2025 - O orçamento federal para 2026 projeta um novo valor para o salário mínimo. A proposta enviada pelo governo ao Congresso prevê que o piso nacional passe de R$ 1.518 para R$ 1.631 no próximo ano.
Segundo o Portal da Câmara dos Deputados, o aumento representa um acréscimo de R$112 e equivale a uma correção total de 7,44%.
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A estimativa foi construída com base na variação do INPC acumulado em doze meses, encerrados em novembro, período em que o indicador alcançou 4,78 %.
A esse percentual foi somado um ganho real de 2,5 %, seguindo a política de valorização do piso. O índice é calculado pelo IBGE e funciona como referência para famílias com renda de até cinco salários mínimos.
O impacto do reajuste não fica restrito ao valor pago aos trabalhadores, a mudança também altera automaticamente benefícios sociais que utilizam o mínimo como referência.
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Entre eles estão aposentadorias, pensões, BPC e outras modalidades de auxílio. Atualmente, aproximadamente 28 milhões de aposentados recebem exatamente o piso, o que corresponde a cerca de 60% do total.
Os benefícios que superam o valor do mínimo seguem outra regra. Cerca de 12 milhões de segurados têm pagamentos acima de R$ 1.518 e, nesse caso, a correção considera apenas o INPC acumulado até dezembro.
Os pagamentos atualizados para esse grupo começam a ser liberados a partir de 3 de fevereiro, conforme calendário do INSS.
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Além das aposentadorias, há outros valores vinculados ao piso previdenciário. O BPC, a renda mensal vitalícia, as pensões especiais de Caruaru e o auxílio para seringueiros seguem fixados em R$ 1.518 no cenário atual. Já o benefício destinado a trabalhadores da borracha e seus dependentes permanece em R$3.036. A cota do salário família está em R$ 65 para quem ganha até R$ 1.906,04 por mês.
O aumento previsto para o salário mínimo também interfere nas faixas de contribuição ao INSS. As alíquotas permanecem distribuídas em quatro níveis.
A cobrança é de 7,5% para salários até R$ 1.518, de 9% para remunerações intermediárias entre R$ 1.518,01 e R$ 2.793,88.
De 12% para quem recebe entre R$ 2.793,89 e R$ 4.190,83 e de 14 % para valores que alcançam até R$ 8.157,41.
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A contribuição referente aos salários de janeiro só será paga em fevereiro, já que o recolhimento ocorre sempre no mês seguinte.
Com o reajuste do salário do INSS, teto previdenciário, atualmente está em R$ 8.157,41, também será corrigido com base no INPC quando o novo ciclo de reajustes for confirmado.
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Os valores do novo salário mínimo ainda podem sofrer alterações durante a tramitação do orçamento, mas a projeção indica um cenário de valorização do piso nacional e impacto direto na renda de milhões de brasileiros.
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