Financiamento imobiliário recua para R$ 140,4 bi no 1º semestre, aponta Abecip

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Associação prevê que, para o final do ano, as concessões de crédito imobiliário do SBPE alcancem R$ 150 bilhões, queda de 20% ante 2024 - Envato
Associação prevê que, para o final do ano, as concessões de crédito imobiliário do SBPE alcancem R$ 150 bilhões, queda de 20% ante 2024

Por Carolina Maingué Pires, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 29/07/2025, às 12h40
São Paulo, 29/07/2025 - Os financiamentos imobiliários tiveram queda de 3% no primeiro semestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 140,4 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
A queda nos primeiros seis meses deste ano foi puxada pelos financiamentos com recursos que têm origem no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que caíram 10% no período, para R$ 73,6 bilhões. Já os financiamentos com recursos originados no Fundo de Garantia do Tempo se Serviço (FGTS) tiveram alta de 6%, para R$ 66,8 bilhões.
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A associação prevê que, para o final do ano, as concessões de crédito imobiliário do SBPE alcancem R$ 150 bilhões, queda de 20% ante 2024. Já para o FGTS, a expectativa é de que os valores cheguem a R$ 152 bilhões, alta de 20%.
Os recursos classificados pela Abecip como FGTS incluem também R$ 15 bilhões oriundos do pré-sal, explicou Gamba. Ele citou ainda que, no que diz respeito ao SBPE, “estamos no menor patamar de inadimplência da série histórica”.
As emissões de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) cresceram 25% do primeiro semestre de 2024 para o primeiro semestre de 2025, totalizando R$ 113 bilhões, de acordo com dados da Abecip.
De acordo com Gamba, o instrumento de financiamento deve, nos próximos anos, “alcançar a importância da poupança” em termos de estrutura de funding. “A LCI tende a ser um dos principais instrumentos, se não o principal instrumento, na formação de preço do mercado imobiliário”, afirmou.

PIB da Construção

Segundo Gamba, a estimativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) da Construção cresça 2,3% no final de 2025.
De acordo com ele, o crescimento da renda real é um dos fatores mais importantes para o mercado de crédito imobiliário.
Ainda de acordo com Gama, a estrutura de crédito imobiliário terá cada vez mais correlação com a taxa Selic e a curva de juros, sobretudo a taxa de dez anos. No que diz respeito à valorização dos imóveis, a valorização acumulada nos últimos seis meses foi superior ao IPCA, afirmou.
Já o nível de estoque do mercado “continua baixo e tem permitido lançamentos”, segundo o presidente da Abecip. Do primeiro trimestre de 2024 para o primeiro trimestre de 2025, os lançamentos aumentaram 15% no Brasil. Na cidade de São Paulo, a alta foi de 66% nos primeiros cinco meses do ano.
As vendas no País acompanharam a tendência de lançamentos e cresceram 16%. Na capital paulista, porém, a alta foi de 24%, de modo que “a velocidade de vendas está um pouco abaixo do volume de lançamento” e pode contribuir para a formação de estoque, falou Gama.

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