Futuro da educação financeira nas escolas pede escala para avançar

Foto: Fabiana Holtz

Evento refletiu sobre a luta entre razão e emoção na hora de investir e o impacto da falta de educação financeira no endividamento da população - Foto: Fabiana Holtz
Evento refletiu sobre a luta entre razão e emoção na hora de investir e o impacto da falta de educação financeira no endividamento da população

Por Fabiana Holtz

redacao@viva.com.br
Publicado em 06/08/2025, às 11h50

São Paulo, 06/08/2025 – Trabalhar a educação financeira nas escolas é um tema que ainda precisa de ajustes, embora importantes avanços já tenham sido observados, segundo Luis Mansur, chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do BC. “Considero fundamental ganhar escala para avançar em qualquer iniciativa que tenha foco em educação financeira no Brasil”, afirmou Mansur durante a segunda edição do “Futuro da educação financeira no Brasil”, evento promovido nesta quarta-feira por Anbima, B3, Banco Central, CVM, Febraban, FGC e Sebrae, na Casa de Portugal, em São Paulo.

No painel de abertura, Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), narrou a experiência da entidade ao rodar o País em um ônibus para ouvir a população na pesquisa “Como você investe o seu din din?”. Na ocasião, os pesquisadores perceberam que uma parcela da população considerava o uso de plataforma de apostas (bets) como investimento.

“Identificamos também um potencial para avançar no tema finanças com os mais jovens, que tem atuado como facilitadores desse universo para as outras gerações”, contou Billi. A simplificação do vocabulário é outro ponto que precisa de ajustes para ampliar o alcance desse tema, segundo ele.

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Ao comentar o trabalho conjunto com diversas entidades para promover o tema, Nathalie Vidual, superintendente de Orientação aos Investidores e Finanças Sustentáveis da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pontuou esforços para a produção de conteúdos mais acessíveis e gratuitos, além de ações em conjunto com parcerias público privadas.

Além do portal do investidor, que fornece informações fundamentais e ferramentas para ajudar o brasileiro a entender melhor onde investir, o canal no You Tube, CVM Educacional, fornece dicas  no tema relacionadas a diversos aspectos do cotidiano.

Mutirões de negociação

Ao comentar o assunto, Amaury Oliva, diretor de Sustentabilidade, Cidadania Financeira, Relações com o Consumidor e Autorregulação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) chamou a atenção para a importância da produção de conteúdos que estão relacionados diretamente ao dia a dia do consumidor, como dicas para fugir de fraudes e onde encontrar fontes confiáveis de informação.

“Outra iniciativa importante da Febraban são os mutirões de negociação de dívida. Quase 40% do custo do crédito está relacionado à inadimplência”, destacou.

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