Inflação medida pelo IPCA sobe 0,26% em julho, abaixo das projeções

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Resultado veio abaixo do teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que era de 0,39%

Por Daniela Amorim, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 12/08/2025, às 10h19
Rio, 12/08/2025 - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho com alta de 0,26%, ante um avanço de 0,24% em junho, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, com teto de 0,39% e mediana de 0,35%. A resultado também foi o mais baixo para o mês desde 2023.
A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 3,26%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 5,23% até julho, ante taxa de 5,35% até junho, também abaixo do piso das projeções dos analistas, com teto de 5,36% e mediana de 5,33%.
Leia também: Inflação prévia do IPCA acelera acima do esperado e sobe 0,33% em julho

Segundo levantamento, entre os itens que mais pressionaram o indicador em julho estão energia, passagem aérea, jogos de azar e lanche.

As despesas com energia elétrica residencial aumentaram 3,04% no período, subitem de maior pressão individual no IPCA do mês. O aumento foi impulsionado pelo reajuste de 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo desde 4 de julho, de 1,97% em Curitiba desde 24 de junho e de 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre a partir de 19 de junho. Houve redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro a partir de 17 de junho. "Cabe destacar que, em julho, permanecia vigente a bandeira tarifária vermelha patamar 1, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos", lembrou o IBGE.
O gerente do IPCA no IBGE, Fernando Gonçalves, lembra que a energia elétrica sofrerá impactos distintos no mês de agosto, com a pressão da entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 2, mas também o alívio proveniente do bônus de Itaipu nas contas de luz.
A energia elétrica residencial acumula uma alta de 10,18% no ano, item de maior pressão individual para a inflação do período, uma contribuição de 0,39 ponto porcentual para a taxa de 3,26% registrada pelo IPCA.
"Esta variação (10,18%) é a maior para o período janeiro a julho desde 2018 quando o acumulado foi de 13,78%", frisou o IBGE.
Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,99% em junho para uma alta de 0,91% em julho. 
Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,13%, devido a reajustes de 4,97% em Salvador a partir de 18 de julho, de 9,88% em Brasília em 1º de junho e de 4,76% em Rio Branco desde 1º de maio (outorgado de forma escalonada entre os meses de maio e junho).

Transportes

Os preços de Transportes subiram 0,35% em julho, após alta de 0,27% em junho. Dentro desse grupo, os preços de combustíveis tiveram queda de 0,64% em julho, após recuo de 0,42% no mês anterior. A gasolina caiu 0,51%, após ter registrado queda de 0,34% em junho, enquanto o etanol recuou 1,68% nesta leitura, após queda de 0,61% na última.
Palavras-chave IBGE inflação economia preços

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