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Por que tudo no aeroporto custa mais caro? Veja explicação oficial da Anac

Foto: Freepik

O preço elevado de produtos como café e lanches nos terminais é um “mal necessário” - Foto: Freepik
O preço elevado de produtos como café e lanches nos terminais é um “mal necessário”

Por Beatriz Duranzi

redacao@viva.com.br
Publicado em 27/10/2025, às 19h00

São Paulo, 27/10/2025 - Bateu aquela fome no aeroporto, enquanto você aguarda pela chamada do seu voo? Quem frequenta os aeroportos brasileiros já sabe que qualquer café ou lanchinho por ali vai sair bem mais caro do que pelas ruas da cidade - o pão de queijo "superfaturado" já é um clássico entre as reclamações dos viajantes. Mas esses valores que parecem abusivos têm uma razão de ser, garante Tiago Sousa Pereira, diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ele afirmou que o preço elevado de produtos como cafés e lanches nos aeroportos é um “mal necessário” para garantir que a taxa de embarque do Brasil seja uma das mais baratas do mundo.

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Tarifas baixas, lanches caros

De acordo com a Anac, as receitas dos aeroportos brasileiros vêm majoritariamente de atividades comerciais, como lojas e restaurantes, que respondem por cerca de 55% a 60% do faturamento total. 

Já as tarifas reguladas, que incluem embarque, pouso e permanência de aeronaves, representam de 40% a 45% das receitas.

Pereira afirmou que, sem essas receitas extras, as concessões seriam insustentáveis, o que explica o alto custo dos alimentos e bebidas vendidos nas áreas comerciais. 

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Em outras palavras: o preço do alto dos lanches ajuda a compensar o baixo valor cobrado nas tarifas de embarque, que, segundo a Anac, estão em torno de US$ 10,30, abaixo de países como Argentina (US$ 76,40), França (US$ 65) e Estados Unidos (US$ 33).

A agência destaca que o desempenho positivo das tarifas no Brasil também é resultado de medidas regulatórias, como o fim do adicional da tarifa internacional criado na pandemia e o acompanhamento constante dos indicadores de qualidade e desempenho das concessionárias.

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Serviço caro, qualidade mediana

Apesar da justificativa da Anac, muitos passageiros questionam se o preço elevado dos alimentos realmente se reflete em melhor qualidade de serviço. 

Segundo o painel de indicadores da própria Anac, a satisfação dos usuários com a alimentação nos terminais privados do país teve nota média de 3,02 em 2024, em uma escala de 1 a 5.

Entre os aeroportos avaliados, Viracopos (3,2), Brasília (3,19) e Belo Horizonte (3,05) tiveram os melhores resultados. Já o Galeão (2,98) e Guarulhos (2,72) ficaram abaixo da média, com destaque negativo para o terminal paulista, que foi reprovado em seis dos 20 quesitos de qualidade analisados.

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