Tomate sobe mais de 30% e pressiona prévia da inflação de abril; passagem aérea alivia

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Vilão do item alimentação, preço do tomate sobe 32,67% em abril

Por Daniela Amorim, do Broadcast

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Publicado em 25/04/2025, às 11h25

Rio, 25/04/2025 - O aumento de 32,67% no tomate resultou na maior pressão sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de abril. O subitem respondeu por uma contribuição de 0,08 ponto porcentual para a taxa de 0,43% apurada pela prévia da inflação de abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Também figuraram no ranking de maiores contribuições sobre o IPCA-15 de abril os subitens café moído (alta de 6,73%), lanche (1,23%), refeição fora de casa (0,50%) e leite longa vida e (2,44%).

No geral, o preços de Alimentação e bebidas aumentaram 1,14% em abril, após alta de 1,09% em março.

Saúde e cuidados pessoais

Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,35% em março para um aumento de 0,96% em abril, uma contribuição de 0,13 ponto porcentual para IPCA-15 deste mês.

Houve pressão dos aumentos nos itens de higiene pessoal (1,51%), nos produtos farmacêuticos (1,04%, após a autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março) e no plano de saúde (0,57%).

Habitação desacelera

As famílias brasileiras observaram um desaceleração do aumento de 0,37% em março para 0,09% em abril na habitação. A energia elétrica residencial recuou 0,09% em abril, após o avanço de 0,43% visto em março. Já a taxa de água e esgoto aumentou 0,12% em abril, devido ao reajuste de 4,17% em Goiânia desde 1º de abril.

Alívio com passagem aérea e gasolina

O recuo de 14,38% no custo das passagens aéreas em abril deu a principal contribuição para aliviar a prévia da inflação. O subitem impactou em -0,11 ponto porcentual na taxa do IPCA-15.

Os gastos das famílias com Transportes passaram de uma elevação de 0,92% em março para uma queda de 0,44% em abril.

Em abril, os combustíveis recuaram 0,38%. Houve reduções nos preços do etanol (-0,95%), do gás veicular (-0,71%), do óleo diesel (-0,64%) e da gasolina (-0,29%).

O ônibus intermunicipal subiu 0,39%, devido a um reajuste no Rio de Janeiro a partir de 29 de março. O táxi subiu 0,57%, em decorrência do reajuste médio de 10,91% em Porto Alegre a partir de 31 de março.

O metrô recuou 0,95%, em meio ao reajuste de 5,33% na tarifa no Rio de Janeiro a partir de 12 de abril e à instituição de tarifa zero aos domingos e feriados decretada em Brasília desde 1º de março. O ônibus urbano diminuiu 0,51%, em decorrência da tarifa zero aos domingos e feriados decretada em Brasília desde 1º de março, apesar dos reajustes de 4,17% em Porto Alegre a partir de 31 de março e de 15,00% em Belém em 14 de abril, também contemplando gratuidade aos domingos e feriados.

Acumulado do ano

Com o dado divulgado nesta sexta-feira, o IPCA-15 registrou um aumento de 2,43% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 5,49%, ante taxa de 5,26% até março.

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