4 hábitos simples que aumentam suas chances de viver até os 100 anos

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Existe um segredo para viver tanto tempo?

Por Beatriz Duranzi

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Publicado em 01/06/2025, às 16h00

A britânica Ethel Caterham, de 115 anos, ganhou recentemente o título de pessoa viva mais velha do mundo como divulgado pelo site de notícias AP News. O caso chama atenção e desperta uma curiosidade quase universal: existe um segredo para viver tanto tempo? 

Embora supercentenários como Ethel sejam raros e muitas vezes exceções genéticas, existem alguns hábitos comuns entre pessoas que alcançam idades avançadas com saúde.

Quatro práticas simples podem aumentar significativamente as chances de viver mais e melhor: manter-se fisicamente ativo, adotar uma alimentação equilibrada, dormir bem e controlar o estresse.

1. Mexa o corpo todos os dias

A prática regular de atividades físicas está diretamente associada à longevidade. Mesmo pequenas mudanças de rotina, como caminhar 75 minutos por semana, já são capazes de prolongar a vida em até dois anos. E o impacto positivo vai além dos exercícios tradicionais: interromper longos períodos sentado, levantar-se a cada meia hora e adotar uma postura mais ativa no dia a dia fazem diferença significativa.

Segundo as pesquisas, não se trata apenas de fazer academia, mas de evitar o sedentarismo constante, um fator que, por si só, já está associado a maior risco de mortalidade precoce.

2. Coma com inteligência (e muitos vegetais)

Alimentos in natura, como vegetais, frutas, grãos integrais, nozes e leguminosas, são aliados poderosos da longevidade. Dietas ricas nesses itens, e com menor consumo de carnes processadas, gorduras trans e açúcares, estão fortemente associadas a um envelhecimento saudável. 

Além disso, práticas como jejum intermitente e leve restrição calórica têm mostrado efeitos promissores sobre o metabolismo humano, embora ainda demandem mais pesquisas em longo prazo. A mensagem central é clara: quanto mais natural e nutritivo o prato, maiores as chances de viver mais e melhor.

3. Cuide do sono 

Dormir bem e com regularidade é um pilar essencial da saúde. Padrões irregulares de sono estão ligados a um risco 50% maior de morte precoce, segundo estudo. Pessoas que trabalham em turnos rotativos, por exemplo, apresentam taxas mais altas de doenças cardiovasculares e menor expectativa de vida. 

Ainda que a quantidade ideal de sono varie entre indivíduos, as diretrizes de saúde recomendam de 7 a 9 horas de sono de qualidade por noite. Dormir mal ou em horários aleatórios afeta a saúde física, mental e hormonal, o que pode acelerar o envelhecimento.

4. Reduza o estresse e cultive bons relacionamentos

O estresse crônico tem efeitos profundos sobre a saúde, e pode até deixar marcas no nível celular. Vivências traumáticas na infância, como a perda dos pais ou negligência, estão associadas a maior risco de doenças e morte precoce na vida adulta. Por outro lado, idosos com maior resiliência emocional vivem mais e melhor. Técnicas simples, como a prática regular de ioga, já mostraram melhorar a resposta ao estresse.

E não se trata apenas de enfrentar os desafios com mais leveza: manter uma vida social ativa também é fundamental. 

E a genética?

Embora os genes tenham algum papel, estimativas sugerem que entre 20% e 40% da longevidade possa ser herdada, eles não são determinantes. O caso de Ethel Caterham reforça isso: apesar de sua longevidade notável, suas duas filhas faleceram antes dela, aos 71 e 83 anos. Isso mostra que estilo de vida, escolhas diárias e até mesmo o acaso têm peso igual ou maior.

Se alcançar os 115 anos talvez dependa de uma boa dose de sorte, chegar aos 90 com autonomia e saúde está ao alcance de muitos. A receita, segundo a ciência, não exige fórmulas milagrosas: basta mover-se mais, comer melhor, dormir com qualidade e cuidar da mente. São atitudes simples, mas poderosas, e comprovadamente eficazes para adicionar vida aos anos e, quem sabe, alguns anos à vida.

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