São Paulo, 27/08/2025 - pensar em atletas de elite, geralmente nos vêm à mente jovens cheios de vigor e energia. Mas, ao contrário dessa ideia, há muitos competidores acima dos 60 anos que desafiam expectativas e brilham nos principais palcos esportivos, inclusive nas Olimpíadas.
Oscar Swahn, atirador da Suécia, é um exemplo de alteta que participou das Olimpíadas até os 72 anos, em 1920, conquistando uma medalha de prata e entrando para a história como o atleta mais velho competidor e medalhista olímpico de todos os tempos. Confira outros exemplos abaixo:
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Veteranos olímpicos recentes
- Juan Antonio Jiménez Cobo (Espanha, hipismo): Aos 65 anos, foi o competidor mais velho nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, consolidando sua presença histórica e inspirando gerações.
- Hiroshi Hoketsu (Japão, hipismo): Já competiu nos Jogos aos 70 e 71 anos (pequim 2008 e Londres 2012), sendo um dos atletas mais veteranos da era moderna olímpica.
Grandes nomes da atualidade
- Laura Kraut (EUA, salto em hipismo): Com 58 anos, conquistou medalha de prata em Paris 2024 e se tornou a atleta americana mais velha a conquistar uma medalha olímpica em sua modalidade.
- Andrew Hoy (Austrália, hipismo): Aos 62 anos, foi o medalhista mais velho nos Jogos de Tóquio (2020), com uma prata por equipe e bronze individual.
- Nick Skelton (Grã-Bretanha, hipismo): Com 58 anos, faturou ouro individual em salto por equipe nos Jogos Rio 2016.
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Além das Olimpíadas: exemplos inspiradores no esporte e longevidade
- Sawang Janpram (Tailândia, atletismo masters): Aos impressionantes 105 anos, domina o atletismo masters, conquistando quatro medalhas de ouro no World Masters Games em Taiwan e exemplificando vitalidade e paixão pelo esporte em qualquer idade.
- Flo Meiler (EUA, atletismo masters): Começou a competir aos 60 e, com 91 anos, segue quebrando recordes mundiais em diversas categorias do atletismo masters.
- Olga Kotelko (Canadá, atletismo masters): Quebrou mais de 30 recordes mundiais entre os 90 e 95 anos, acumulando centenas de medalhas e tornando-se símbolo de dedicação e longevidade esportiva.
- Roger Lebranchu (França, remo): Veterano dos Jogos de 1948 e sobrevivente da Segunda Guerra, faleceu aos 102 anos em 2025. Foram décadas dedicadas ao esporte, remou até os 79 anos, e participou do revezamento da tocha olímpica.
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Por que o esporte faz tão bem na terceira idade?
Saúde física
- Fortalece músculos e ossos, importante para prevenir osteoporose e quedas.
- Melhora a saúde cardiovascular e a circulação.
- Auxilia na prevenção de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.
Saúde mental
- Libera endorfinas, hormônios do bem-estar, reduzindo estresse e ansiedade.
- Estimula autoestima, equilíbrio emocional e funções cognitivas.
- Pode contribuir na prevenção de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
Benefícios sociais
- Promove interação social e estimula o convívio comunitário.
- Aumenta o sentimento de pertencimento e reduz a solidão, comum entre idosos.
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Não é exagero afirmar que o esporte, em qualquer fase da vida, potencializa saúde, vigor e alegria. Os exemplos de atletas acima mostram que com acompanhamento médico, escolha adequada de atividade e entusiasmo, é possível praticar esportes com prazer e segurança, independentemente da idade.