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Expectativa de vida do brasileiro sobe para 76,6 anos, mostra IBGE

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Expectativa de vida do brasileiro vai a 76,6 anos, representando o maior índice já registrado pelo IBGE desde 1940 - Envato Elements
Expectativa de vida do brasileiro vai a 76,6 anos, representando o maior índice já registrado pelo IBGE desde 1940
Marcel Naves
Por Marcel Naves marcel.naves@viva.com.br

Publicado em 28/11/2025, às 17h00

São Paulo, 28/11/25 - A expectativa de vida do brasileiro chegou a 76,6 anos em 2024, representando o maior valor já registrado desde 1940, quando começa a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, o indicador estava em 76,4 anos.
Em comparação com o início da década de 40, houve avanço de 31,1 anos. À época, o brasileiro que nascia tinha expectativa de viver apenas 45,5 anos. A expectativa de vida ao nascer representa quantos anos uma pessoa viverá, em média, se forem mantidos os padrões atuais de mortalidade.

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Os dados divulgados neste sexta-feira fazem parte da chamada Tábua de Mortalidade. No mundo, os locais com maiores expectativas de vida são Mônaco (86,5 anos), San Marino (85,8), Hong Kong (85,6), Japão (84,9) e Coreia do Sul (84,4).

Efeito pandemia

Dados do IBGE mostram que a expectativa do brasileiro tem crescido. A exceção foi apenas durante a pandemia de covid-19, onde a expectativa era 72,8 anos em 2021.

Confira a evolução da expectativa de vida

2000: 71,1 anos
2010: 74,4 anos
2019: 76,2 anos
2020: 74,8 anos
2021: 72,8 anos
2022: 75,4 anos
2023: 76,4 anos
2024: 76,6 anos

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Mulheres vivem mais

A projeção do IBGE mostra que as mulheres ainda possuem maior expectativa de vida que os homens. Em 2024, a esperança feminina era de 79,9 anos, enquanto a  masculina era 73,3 anos. Isso significa que as mulheres têm em média 6,6 anos de vida a mais que os homens.
Em 1940, essa diferença era de 5,4 anos, a menor já registrada. A maior disparidade foi no ano 2000, quando ficou em 7,8 anos. A Tábua da Mortalidade apresenta também o indicador de sobremortalidade masculina, que analisa a relação entre as taxas de mortalidade de homens e mulheres. O dado aponta que, em 2024, na faixa etária de 20 a 24 anos, a sobremortalidade masculina era 4,1 vezes o das mulheres.
Isso significa que, nesse grupo de idade, um homem de 20 anos tinha 4,1 vezes mais chance de não chegar aos 25 anos do que uma mulher. No grupo de 15 a 19 anos, a taxa ficou em 3,4; já no grupo de 25 a 29 anos, 3,5.

Efeito na Previdência

A Tábua da Mortalidade é uma das fontes de informação do governo para ajustar o chamado fator previdenciário, que integra o cálculo dos valores das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
O estudo aponta a expectativa de vida do brasileiro em determinadas idades. Por exemplo, em 2024, a população do país que chega aos 60 anos de idade vive, em média, mais 22,6 anos (20,8 anos para homens e mais 24,2 anos para as mulheres). Em 1940, esse período a mais de vida para uma pessoa de 60 anos era 13,2 anos.
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Já uma pessoa de 80 anos tinha a expectativa de viver mais 9,5 anos (mulheres) e 8,3 anos (homens). Em 1940, esses valores eram de 4,5 anos para as mulheres e 4 anos para os homens.

Mortalidade Infantil 

O levantamento mostra ainda que a mortalidade infantil, que considera para o cálculo bebês com menos de 1 anos de idade, era de 12,3 para cada mil crianças em 2024. O dado representa melhora na comparação com 2023 (12,5), mas fica ainda acima de 2000, quando a taxa era de 11,4 para cada mil crianças.
Em uma comparação mais longa, a evolução é explícita. Em 1940, de cada mil crianças que nasciam, 146,6 morriam com menos de 1 ano de idade.

Confira a evolução da mortalidade infantil no Brasil

1940: 146,6
1960: 117,7
1980: 69,1
2000: 28,1
2020: 11,4
2023: 12,5
2024: 12,3
O IBGE associa a evolução a fatores como campanhas de vacinação em massa, atenção ao pré-natal, ao aleitamento materno, ação dos agentes comunitários de saúde e programas de nutrição infantil, entre outros fatores.

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