Ricardo Stuckert/PR
Por Lavínia Kaucz e Cícero Cotrim, da Broadcast
redacao@viva.com.brBrasília, 30/07/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em nota, que está disposto a negociar apenas aspectos comerciais da relação entre Brasil e Estados Unidos. Ele descartou a possibilidade de abrir mão de "instrumentos de defesa" previstos na legislação do País.
"Nossa economia está cada vez mais integrada aos principais mercados e parceiros internacionais", diz a nota divulgada pela Presidência da República ontem à noite. "Já iniciamos a avaliação dos impactos das medidas e a elaboração das ações para apoiar e proteger os trabalhadores, as empresas e as famílias brasileiras."
Nesta quarta-feira, o presidente americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva determinando a cobrança de uma tarifa extra de 40% sobre produtos brasileiros, além da taxa linear de 10% que já estava em vigor.
O documento acusa o governo brasileiro de promover "perseguição politicamente motivada, intimidação, assédio, censura e processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores. O principal alvo é o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Foi a primeira vez que uma autoridade de país democrático foi punida pela Lei Magnistsky. Até o momento, a norma só havia sido aplicada para violadores graves dos direitos humanos, como autoridades de regimes ditatoriais, integrantes de grupos terroristas e criminosos ligados a esquemas de lavagem de dinheiro e de assassinatos em série.
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