Foto: Envato Elements
Por Beatriz Duranzi
[email protected]A prática regular de exercícios físicos é, sem dúvida, uma aliada fundamental na promoção da saúde cardiovascular. No entanto, para quem convive com alguma doença cardíaca, é preciso redobrar a atenção: nem toda atividade é segura, especialmente durante o processo de recuperação ou quando o coração está sobrecarregado.
De acordo com especialistas ao portal Healthline, existem modalidades que podem representar riscos consideráveis para pessoas com cardiopatia, mesmo que tragam benefícios a outros perfis de praticantes. A seguir, destacamos quais exercícios devem ser evitados por pacientes cardíacos, e quais são alternativas mais seguras.
O HIIT se caracteriza por curtos períodos de esforço intenso intercalados com pausas. Apesar de ser eficaz para o condicionamento físico, o método pode ser arriscado para quem tem cardiopatia congênita, por exemplo.
Os picos abruptos de intensidade exigem muito do coração, o que pode provocar arritmias e outras complicações graves.
Alternativas mais seguras: exercícios aeróbicos contínuos e de intensidade leve a moderada, como caminhadas, pedaladas suaves ou natação, permitem manter o ritmo cardíaco sob controle sem sacrificar os benefícios à saúde.
Levantar cargas muito pesadas eleva significativamente a pressão interna do corpo e, consequentemente, a pressão arterial. Esse aumento pode ser prejudicial a pessoas com problemas cardíacos, já que sobrecarrega o sistema cardiovascular.
Alternativas mais seguras: usar pesos leves com mais repetições ou recorrer a exercícios com o próprio peso corporal, como agachamentos, afundos e flexões em parede. Máquinas de musculação também são uma opção, pois oferecem mais estabilidade e controle.
Corrida, saltos e movimentos bruscos são exemplos de exercícios que podem ser prejudiciais. Além de exigirem muito das articulações, esses movimentos provocam variações abruptas na frequência cardíaca, o que é perigoso para quem tem o coração fragilizado.
Alternativas mais seguras: caminhadas, natação e bicicleta ergométrica. Esses exercícios de baixo impacto oferecem um bom estímulo cardiovascular com menos riscos.
Modalidades como futebol, basquete ou futebol americano envolvem esforços repentinos, mudanças rápidas de direção e alta exigência física. Para pessoas com doenças cardíacas, essas exigências podem causar fadiga extrema, falta de ar e até crises.
Alternativas mais seguras: esportes moderados, como tênis em duplas ou golfe, são mais adequados. Eles mantêm o corpo em movimento sem exigir esforços intensos e contínuos.
Iniciar a atividade física de forma abrupta ou encerrar sem desacelerar o corpo pode ser extremamente perigoso. Aquecer ajuda a preparar o coração gradualmente para o esforço, enquanto relaxar permite que ele retorne ao ritmo normal sem sobressaltos.
Dica importante: sempre comece com uma caminhada leve ou alongamento, e finalize com movimentos suaves para ajudar o organismo a se recuperar corretamente.
A atividade física moderada, orientada por um profissional e aprovada por um cardiologista, pode fazer parte da rotina de quem tem problemas no coração. Caminhadas, ciclismo leve e natação são boas opções para fortalecer o sistema cardiovascular com segurança.
Por isso, antes de começar qualquer nova prática, procure um médico. O acompanhamento profissional ajuda a definir o que é seguro, quais limites devem ser respeitados e como o exercício pode se tornar um aliado real na busca por uma vida mais saudável.
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