Asma tem cura? Saiba como controlar os sintomas e viver bem

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O tratamento da asma deve ser individualizado, ou seja, o melhor tratamento para um paciente pode ser diferente de outro - Foto: Envato Elements
O tratamento da asma deve ser individualizado, ou seja, o melhor tratamento para um paciente pode ser diferente de outro

Por Joyce Canele

redacao@viva.com.br
Publicado em 14/09/2025, às 15h16
São Paulo, 14/09/2025 - A asma é uma doença crônica que afeta as vias respiratórias, também chamadas de brônquios, que são os tubos responsáveis por levar o ar até os pulmões.

Ela ocorre devido a um processo de inflamação nesses canais, o que provoca sintomas como tosse persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito e sensação de aperto ou peso no tórax.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, esses sinais podem variar de intensidade ao longo do dia, sendo mais comuns à noite, de madrugada ou durante atividades físicas.

Pesquisadores acreditam que a combinação entre fatores genéticos e ambientais esteja por trás do desenvolvimento da asma.

Pessoas com histórico familiar de doenças alérgicas, como rinite ou asma, têm maior risco de apresentá-la. Além disso, elementos presentes no ambiente em que o indivíduo vive podem contribuir para o surgimento e agravamento dos sintomas.

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Mesmo quando os sintomas desaparecem, a doença continua presente, já que não existe cura definitiva.

Variações da doença

A experiência com a asma não é a mesma para todos. Os sintomas podem ser brandos em alguns momentos e, em outros, se tornarem graves a ponto de exigir atendimento de emergência ou até internação.

As crises também são imprevisíveis: podem ser rápidas e leves ou intensas e prolongadas, variando inclusive na mesma pessoa ao longo do tempo.

Gatilhos mais comuns

Alguns fatores, conhecidos como gatilhos, podem agravar os sintomas ou intensificar a inflamação nos brônquios. Entre eles estão os:

  • Ácaros, presentes em colchões, travesseiros e locais com poeira acumulada;
  • Os fungos, que se proliferam em ambientes úmidos e pouco ventilados;
  • Os pólens, liberados por flores, árvores e gramas, principalmente na primavera; e
  • Os pelos de animais, que junto da descamação da pele, saliva e urina, permanecem no ambiente por meses.

Também podem desencadear crises a exposição à fumaça do cigarro, à poluição do ar, às fezes de baratas, a infecções virais como resfriado e gripe, além do ar frio e seco.

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Como diagnosticar a asma?

Para confirmar a doença, o médico inicia uma investigação com base nos sintomas relatados, como:

  • Tosse;
  • Chiado no peito;
  • Falta de ar; e
  • Cansaço.

É importante informar em quais momentos do dia eles costumam aparecer e se há melhora com o uso de medicamentos.

O exame considerado padrão para fechar o diagnóstico é a espirometria, que mede a quantidade de ar exalada e avalia a função pulmonar.

Radiografias e auscultas, embora possam indicar alterações, não são suficientes para confirmar a asma, já que outras doenças podem provocar sintomas semelhantes.

Mulher asmática
Medicamentos para asma são classificados como de controle e de resgate / Foto: Envato Elements

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Tratamento e controle

Embora não tenha cura, a asma pode ser controlada com tratamento adequado. O acompanhamento deve ser individualizado, já que a resposta ao medicamento varia de pessoa para pessoa.

Geralmente, utiliza-se uma combinação de dois tipos de medicação:

  1. As chamadas controladoras, que reduzem a inflamação dos brônquios e previnem crises; e
  2. As de alívio, usadas apenas em momentos de piora dos sintomas.

Entre os principais medicamentos de controle estão os corticoides inalados, muitas vezes associados a broncodilatadores de ação prolongada.

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Quando usados corretamente, reduzem a necessidade de remédios de resgate. Esses medicamentos são considerados o tratamento mais eficaz para controlar a inflamação nos brônquios.

Por serem inalados, atuam diretamente nos pulmões em doses muito baixas, o que reduz os riscos de efeitos colaterais.

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Diferente dos corticoides orais ou injetáveis, não causam ganho de peso nem complicações sistêmicas quando usados corretamente.

Com tratamento e cuidados adequados, pessoas com asma podem levar uma vida normal, praticar atividades físicas e manter rotinas sem limitações.

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