Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 04/08/2025 - Apesar da alta taxa de cura quando diagnosticado precocemente, o câncer de pele ainda causa milhares de mortes todos os anos. De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de pele é o tipo mais frequente tanto no Brasil quanto no mundo.
Ele se desenvolve a partir da multiplicação descontrolada das células da pele e pode atingir qualquer pessoa, embora seja mais comum em pessoas com mais de 40 anos, de pele clara e com histórico de exposição excessiva ao sol.
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A doença é dividida em dois principais grupos: melanoma e não melanoma:
O tipo melanoma, embora represente apenas 3% dos casos, é o mais agressivo e tem alto risco de metástase, ou seja, de se espalhar para outros órgãos.
O melanoma pode surgir como manchas, pintas ou sinais que mudam de cor, tamanho ou forma. É mais comum em adultos brancos, mas pode aparecer em áreas mais claras da pele de pessoas negras, como palmas das mãos e plantas dos pés.
Os tipos não melanoma incluem:
Já o câncer de pele não melanoma é mais frequente no país, responsável por cerca de 30% de todos os tumores malignos, e apresenta menor mortalidade, desde que tratado adequadamente.
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Os principais fatores de risco incluem:
Pessoas que trabalham ao ar livre, como agricultores, pedreiros e pescadores, estão especialmente expostas.
Entre os sintomas que merecem atenção estão lesões que coçam, descamam ou sangram, pintas que mudam de aspecto e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas.
As regiões mais atingidas são aquelas frequentemente expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço, braços e mãos.
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O diagnóstico costuma ser feito por um dermatologista, com exame clínico e, se necessário, complementado por dermatoscopia ou biópsia. A confirmação do tipo de câncer e o estágio da doença ajudam a definir o tratamento mais adequado, que pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia ou técnicas como criocirurgia e terapia fotodinâmica.
A melhor forma de prevenir o câncer de pele é evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, usar chapéus, roupas com proteção UV, óculos escuros e filtro solar com fator de proteção 15 ou superior. O protetor deve ser reaplicado a cada duas horas ou sempre após suor excessivo ou contato com a água.
Mesmo em dias nublados, os cuidados devem ser mantidos, já que os raios ultravioleta continuam incidindo sobre a pele.
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O câncer de pele é tratável, especialmente quando descoberto no início. Por isso, qualquer alteração na pele deve ser avaliada por um especialista. Casos como o de Dodô mostram a importância do diagnóstico precoce e da informação como aliadas na luta contra essa doença silenciosa, porém prevenível.
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