Canela em excesso faz mal? Estudo explica os riscos à saúde

São Paulo, 04/08/2025 - Popular em receitas doces e bebidas quentes, a canela é uma especiaria queridinha por seu sabor marcante e supostos benefícios à saúde.

No entanto, uma nova pesquisa revelou que o consumo em excesso, especialmente na forma de suplementos concentrados, pode interferir no funcionamento de medicamentos no organismo e representar riscos à saúde.

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O estudo foi publicado neste ano no periódico Food Chemistry: Molecular Sciences e conduzido por cientistas do Centro Nacional de Pesquisa de Produtos Naturais da Universidade do Mississippi, nos Estados Unidos.

A pesquisa analisou os efeitos do cinamaldeído, composto ativo predominante na canela, sobre enzimas e receptores responsáveis pelo metabolismo de substâncias no corpo.

Resultados

Os resultados mostraram que, quando consumido em grandes quantidades, o cinamaldeído pode acelerar a eliminação de fármacos, reduzindo sua eficácia terapêutica.

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Além disso, os testes apontaram que o óleo de canela e o ácido cinâmico ativaram receptores celulares como o PXR e o AhR, envolvidos na regulação de enzimas metabólicas. Essa ativação, segundo os pesquisadores, pode desencadear interações entre ervas e medicamentos, com potencial impacto negativo, especialmente para pessoas com doenças crônicas ou em uso contínuo de remédios.

Alerta importante!

A variedade de canela mais comum no mercado, chamada canela-cássia, possui altas concentrações de cumarina, uma substância com efeito anticoagulante. Isso representa um risco adicional para quem já faz uso de anticoagulantes, aumentando a chance de efeitos adversos.

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O estudo destaca ainda que o cinamaldeído apresentou alta biodisponibilidade em simulações de digestão humana e foi rapidamente transformado em ácido cinâmico no fígado, sugerindo que mesmo pequenas doses, se concentradas, podem ter ação potente no organismo. Diante disso, o consumo da canela em forma de suplemento deve ser feito com cautela e sempre com orientação profissional.

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A canela continua sendo segura quando utilizada em pequenas quantidades na alimentação, mas a ideia de que "quanto mais, melhor" não se aplica nesse caso. O uso exagerado, especialmente sem acompanhamento, pode trazer mais riscos do que benefícios.