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São Paulo, 04/06/2025 - Quando uma pesoa precisa de um medicamento, qual farmácia escolhe? De acordo com um levantamento do Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), em parceria com o Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o preço é o fator que mais pesa nessa escolha, sendo citado por 91% dos entrevistados na pesquisa.
Segundo a organização, isso é compreensível porque a maioria dos idosos precisa arcar com os próprios custos de medicação. Nesse sentido, o levantamento apontou que 67,7% dos consumidores da faixa 50+ pagam pelos próprios remédios, enquanto 28,1% dependem de programas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ainda assim, outros fatores práticos também influenciam a decisão de compra, como a localização do estabelecimento, citada por 60,1% dos entrevistados, a disponibilidade de estoque (54,4%) e a facilidade de estacionamento (52,9%). A participação no programa Farmácia Popular e a qualidade do atendimento também têm relevância na escolha, mencionados por 43,6% e 39,2% dos entrevistados, respectivamente.
A pesquisa de opinião foi feita no ano passado com 2.200 consumidores acima de 50 anos e 300 cuidadores de idosos de todas as regiões do Brasil. Ela mostra que, embora a maioria dos consumidores (86,6%) ainda prefira realizar suas compras presencialmente, vem ocorrendo uma ligeira migração para o ambiente digital: cerca de 17,5% mencionaram utilizar o WhatsApp para realizar pedidos e 8,7% utilizam aplicativos de farmácias. O IFEPEC diz que esse crescimento representa uma mudança de comportamento quando comparado aos dados de 2020, quando o uso de plataformas digitais para compras de medicamentos era menor.
Outro dado de destaque é que 48,1% das pessoas ouvidas disseram sentir dificuldade no manejo de seus medicamentos, sendo que a leitura das embalagens dos remédios é a principal causa apresentada, afetando 25,3% dos participantes. O cumprimento correto dos horários de cada dose (17,3%) e a divisão de um comprimido em partes menores (14,9%) também foram citados como desafios.
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