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Por Manuela França*
redacao@viva.com.brSão Paulo, 10/10/2025 - Celebrado hoje, o Dia Mundial da Saúde Mental reforça uma pauta que atravessa fronteiras: o cuidado com a mente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada oito pessoas no mundo vive com algum transtorno mental, como depressão, ansiedade ou bipolaridade. Apesar da alta prevalência, o tema ainda enfrenta desafios, como o estigma e a falta de políticas públicas efetivas.
A psiquiatra Rafaela Silva, gerente médica da Lundbeck Brasil, explica que as doenças psiquiátricas são erroneamente associadas à fraqueza ou à falta de vontade, quando, na verdade, são condições médicas que exigem cuidado especializado. Segundo ela, o descaso pode ser tão prejudicial quanto a própria condição clínica, atrasando diagnósticos e dificultando o tratamento.
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Para a psicóloga Andrea Beltran, o dado reforça a necessidade de incluir o cuidado psicológico como parte essencial do bem-estar integral.
“Saúde mental não é privilégio, é necessidade. Buscar ajuda profissional é um ato de coragem e de fortalecimento coletivo”, afirma.
Além do sofrimento individual, os transtornos mentais que geram impactos sociais e econômicos expressivos, representam 13,7% dos afastamentos do trabalho no País, de acordo com o INSS, e estão entre as principais causas de incapacidade no mundo.
Especialistas defendem que a psicologia deve estar presente não apenas no consultório, mas também em escolas, comunidades e empresas, disseminando estratégias de autocuidado e resiliência.
“Cuidar da mente é também cuidar dos vínculos e da capacidade de lidar com o inesperado”, reforça a psicóloga Andrea.
Em 2025, a OMS e a Federação Mundial de Saúde Mental reforçam o lema “Transformar informação em ação”, incentivando governos, empresas e cidadãos a escutar sem julgamentos e apoiar quem vive com transtornos mentais.
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