Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
[email protected]O Dia Mundial de Conscientização sobre a Fibromialgia é uma data importante para dar visibilidade, pois é uma condição que ainda está cercada de dúvidas!
Você sabia que essa data foi criada pela Associação Nacional de Fibromialgia (NFA) em 1998? Desde então, o dia 12 de maio passou a ser um momento simbólico para pacientes, familiares, profissionais da saúde e organizações falarem sobre a realidade de quem convive com a fibromialgia. No Brasil a data foi reconhecida nacionalmente no dia 03 de novembro de 2021, LEI Nº 14.233.
A fibromialgia é uma condição neurossensorial complexa, caracterizada por uma dor persistente e difusa pelo corpo. Ela não está ligada a uma lesão específica, mas sim a uma alteração na forma como o cérebro processa os sinais de dor. Isso significa que, mesmo sem uma causa visível, o corpo sente como se algo estivesse errado o tempo todo.
Mais do que dor, a fibromialgia traz uma cartela de sintomas que afetam física e emocionalmente o paciente. Entre eles:
Além disso, muitas pessoas apresentam sintomas neurológicos, tontura, secura nos olhos e boca, zumbido no ouvido, sensação de rigidez, problemas de coordenação e até manifestações de síndrome de Raynaud (mãos e pés frios e pálidos).
Um dos maiores obstáculos enfrentados por quem tem fibromialgia é conseguir um diagnóstico correto. Isso acontece porque exames laboratoriais e de imagem normalmente não identificam a síndrome. Durante muito tempo, o diagnóstico era feito com base em 18 pontos sensíveis do corpo, exigindo que o paciente apresentasse dor em pelo menos 11 deles. Hoje, os critérios foram atualizados pelo Colégio Americano de Reumatologia (ACR). Agora, considera-se a dor generalizada associada a outros sintomas como fadiga, distúrbios cognitivos e problemas no sono, mesmo sem a necessidade de pressionar pontos dolorosos específicos.
Também foi criada uma Pontuação de Fibromialgia, que varia de 0 a 31, permitindo avaliar a intensidade dos sintomas e sua variação ao longo do tempo.
Não existe uma única causa! Porém, alguns fatores genéticos, traumas físicos, infecções, estresse intenso e alterações no sistema nervoso central estão envolvidos. Há evidências de que o cérebro de quem tem fibromialgia processa estímulos normais como se fossem dolorosos, o que ajuda a explicar a natureza difusa e migratória das dores.
Embora ainda não exista cura, há várias formas de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. O tratamento é multidisciplinar e pode incluir:
Cada pessoa responde de forma diferente às terapias para fibromialgia , por isso o tratamento deve ser individualizado e orientado por um profissional.
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