Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brAlimentos que fazem parte do cardápio diário de muitas pessoas, como refrigerantes, biscoitos recheados, macarrão instantâneo e comidas congeladas prontas, podem estar associados a um risco maior de morte precoce.
Uma nova análise internacional indica que esses produtos, apesar de populares, têm efeitos nocivos à saúde e contribuem para o surgimento de doenças graves.
A pesquisa de junho de 2025, publicada no American Journal of Preventive Medicine, avaliou dados de quase 240 mil participantes em oito países, entre eles:
E apontou que a cada aumento de 10% no consumo de alimentos ultraprocessados, o risco de morte precoce por todas as causas cresce 2,7%. O estudo levou em conta pessoas entre 30 e 69 anos e contabilizou mais de 14 mil óbitos no período analisado.
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Os chamados ultraprocessados são produtos alimentícios feitos majoritariamente por ingredientes artificiais, como corantes, aromatizantes, conservantes e emulsificantes.
Eles incluem desde salgadinhos de pacote e salsichas até molhos prontos, achocolatados em pó, barrinhas industrializadas, cereais matinais adoçados e sopas instantâneas.
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Esses alimentos são elaborados para serem extremamente saborosos e convenientes, mas, por trás da praticidade, escondem uma série de substâncias associadas à inflamação no organismo. O consumo frequente pode favorecer o desenvolvimento de doenças como:
Entre os itens mais prejudiciais para a saúde estão os refrigerantes, que combinam altas doses de açúcar e aditivos. Segundo especialistas, bebidas adoçadas devem ser substituídas sempre que possível por alternativas como água com limão ou chás naturais, que não sobrecarregam o organismo.
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Para reduzir a ingestão de alimentos ultraprocessados, a recomendação é voltar ao básico: dar preferência a alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, arroz, feijão, ovos e carnes frescas. Cozinhar mais em casa e montar marmitas ou lanches naturais para o dia a dia também ajuda a evitar as armadilhas dos alimentos prontos.
Produtos com listas extensas de ingredientes e nomes difíceis de reconhecer geralmente indicam presença de muitos aditivos. Escolher opções com menor grau de industrialização pode ser um passo decisivo para proteger a saúde e aumentar a longevidade.
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Os resultados da nova meta-análise reforçam a necessidade de políticas públicas e ações de conscientização para alertar a população sobre os riscos ocultos nos alimentos ultraprocessados, que ainda são amplamente consumidos em diversas partes do mundo.
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