Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
[email protected]Nas redes sociais, cresce o número de especialistas incentivando mulheres na perimenopausa e pós-menopausa a aumentar o consumo de proteína. Mas será que comer tanta proteína assim realmente faz diferença na saúde das mulheres nessa fase da vida?
Segundo reportagem recente do The New York Times, o tema vem despertando interesse entre cientistas e nutricionistas, especialmente por causa das mudanças hormonais que afetam a composição corporal da mulher com o avançar da idade.
A partir dos 40 anos, é comum ocorrer perda de massa muscular e óssea, aumento da gordura abdominal e maior risco de doenças como diabete tipo 2 e doenças cardiovasculares. Nesse cenário, a ingestão adequada de proteína pode ser uma aliada. Ela ajuda a preservar os músculos, fortalecer os ossos e promover maior saciedade, o que contribui para o controle de peso. As diretrizes oficiais recomendam um consumo mínimo de 0,8g de proteína por quilo de peso corporal por dia.
Para uma mulher com 68 quilos, isso representa cerca de 54g diários, quantidade facilmente atingida com uma dieta equilibrada. Contudo, diversos especialistas acreditam que mulheres na meia-idade podem se beneficiar ao consumir de 25% a 50% a mais do que esse mínimo recomendado.
Isso equivale a algo entre 68g e 81g de proteína por dia, especialmente quando essa ingestão é combinada com treinos de força. Já para mulheres muito ativas, estudos apontam que até o dobro da recomendação básica (cerca de 1,6g por quilo de peso) pode trazer ganhos modestos de força e massa muscular.
A recomendação de 1g de proteína por quilo de peso corporal, como defendida por influenciadores, é prática e fácil de lembrar, mas segundo os especialistas, ainda carece de comprovação científica sólida para a maioria das mulheres.
Aposte em cafés da manhã mais proteicos, com ovos, iogurte grego ou queijo cottage. No almoço e jantar, inclua carnes magras, peixe, leguminosas ou ovos. Faça lanches com oleaginosas, edamame, tofu grelhado ou shakes com proteína vegetal. É importante lembrar que a proteína não age sozinha.
Uma alimentação equilibrada, com frutas, legumes, grãos integrais e gorduras saudáveis, continua sendo essencial, não apenas para menopausa, mas para a saúde feminina na maturidade. E, mais do que qualquer nutriente, o exercício de força regular é o verdadeiro protagonista na manutenção da massa muscular e da vitalidade com o passar dos anos.
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