Foto: Envato Elements
 
 Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 31/10/2025 - Um novo estudo da Monash University, na Austrália, revelou que o hábito de ouvir música pode estar ligado à redução do risco de demência entre idosos.
De acordo com os pesquisadores, a prática estimula diversas áreas do cérebro responsáveis por processos como memória, emoção e atenção, o que contribui para retardar o declínio cognitivo.
A pesquisa, publicada no International Journal of Geriatric Psychiatry, analisou mais de 10 mil pessoas com mais de 70 anos de idade e sem diagnóstico prévio da doença.
Os resultados mostraram que quem escutava música diariamente apresentou um risco 39% menor de desenvolver demência.
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Além disso, tocar um instrumento musical também foi associado a uma taxa 35% menor de incidência da condição.
Embora o trabalho seja de caráter observacional, ou seja, não comprove uma relação direta de causa e efeito, os cientistas destacam que a música parece funcionar como um tipo de treino para o cérebro.
Ao envolver diferentes áreas cognitivas e emocionais, ela ajuda a manter as conexões neurais ativas, favorecendo a memória e a concentração.
 
 
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Outro ponto importante é que os efeitos positivos independem do gênero musical. Segundo os pesquisadores, qualquer estilo pode trazer benefícios, desde que desperte prazer, interesse ou lembranças afetivas.
Essas respostas emocionais, ao que tudo indica, são as que mais fortalecem as funções cerebrais.
Os autores do estudo defendem que ouvir ou tocar música regularmente pode se tornar uma estratégia simples, acessível e promissora para preservar a saúde mental ao longo do envelhecimento.
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Essa descoberta abre caminho para novas abordagens terapêuticas que utilizem a música como ferramenta de prevenção e bem-estar.
Com o aumento da expectativa de vida e o crescimento dos casos de demência em todo o mundo, iniciativas que promovam a estimulação cognitiva ganham cada vez mais relevância.
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A música, por ser uma atividade prazerosa e de fácil acesso, surge como uma aliada poderosa na manutenção da qualidade de vida e no cuidado com o cérebro.
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