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Presença de acompanhante melhora atendimento médico de idosos, diz pesquisa

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A pesquisa envolveu mais de 2,8 mil adultos com 50 anos ou mais - Foto: Adobe Stock
A pesquisa envolveu mais de 2,8 mil adultos com 50 anos ou mais

Por Joyce Canele e Luisa Giraldo, especial para o VIVA

redacao@viva.com.br
Publicado em 21/11/2025, às 15h30

São Paulo, 21/11/2025 - Um estudo recente reforçou a importância da presença de um acompanhante durante as consultas médicas de pessoas idosas. A pesquisa conduzida pela Universidade de Michigan, apontou que 9 em cada 10 participantes se beneficiam quando contam com alguém ao lado no momento do atendimento.

O apoio ajuda a formular perguntas, compreender as orientações dos profissionais e seguir corretamente o tratamento.

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A pesquisa envolveu mais de 2,8 mil adultos com 50 anos ou mais. Entre eles, 92% afirmaram que o acompanhante exerce um papel importante no cuidado à saúde, 83% se sentiram mais confortáveis para conversar com o médico e 79% disseram que a presença de alguém próximo facilita o cumprimento das recomendações médicas.

A maioria dos acompanhantes identificados foi composta por cônjuges (71%) e filhos adultos (20%).

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Uma idosa em frente a um médico enquanto ele prescreve uma receita
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O geriatra Alexandre Romanos enfatiza que, embora o paciente super saudável também frequente o consultório, a presença de um acompanhante é geralmente preferível, dadas as particularidades da consulta geriátrica.
O perfil ideal é de alguém “que esteja mais envolvido, que saiba as medicações, saiba os exames e vá organizar a vida do idoso a partir das orientações médicas depois”.
“A gente sempre gosta que tenha alguém junto, seja parceria, marido, esposa, filho, filha, enfim, um cuidador, porque às vezes são muitas informações".

Segundo o especialista, é difícil memorizar todas as orientações, mesmo para pessoas jovens. A presença de uma segunda pessoa garante que o paciente e seu cuidador consigam "juntar tudo depois em casa", especialmente em primeiras consultas, em que a quantidade de dados exige até a confecção de um relatório médico extra.

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A presença de alguém próximo, como cônjuge, filhos ou amigos, também oferece amparo emocional em face de diagnósticos delicados. Isso aumenta a segurança do paciente e, consequentemente, a adesão ao tratamento.

O Censo do IBGE mostra que, entre 2000 e 2023, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais cresceu de 8,7% para 15,6%. As projeções indicam que, até 2070, esse grupo representará mais de um terço da população.

Para acompanhar essa transformação demográfica, especialistas defendem o fortalecimento do sistema público de saúde e a capacitação de profissionais para lidar com demandas complexas.

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A pesquisa norte-americana também revelou que uma parte significativa dos acompanhantes é formada por pessoas idosas que cuidam de outros idosos. Ainda assim, 62% dos idosos ouvidos disseram preferir ir sozinhos às consultas. Entre eles, 80% afirmaram não sentir necessidade de ajuda, enquanto 11% não querem se sentir um fardo.

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